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Operadora do Burger King no Brasil pede registro para IPO à CVM

Pedido foi feito para oferta com distribuição primária e secundária, conforme prospecto preliminar enviado à CVM

Burger King: o Banco Itaú BBA será o coordenador líder da oferta (Thomas Lohnes/Getty Images)

Burger King: o Banco Itaú BBA será o coordenador líder da oferta (Thomas Lohnes/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 12h23.

Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 23h22.

São Paulo - A BK Brasil, operadora da rede de fast food Burger King no país, apresentou nesta sexta-feira pedido para uma oferta inicial de ações (IPO) com distribuição primária e secundária, que servirá para levantar recursos para financiar expansão de sua rede de 492 lojas no país.

Os controladores Vinci Partners Investimentos e fundos cujos cotistas incluem a empresa de investimento criada por bilionários brasileiros 3G Capital e o fundo soberano de Singapura Temas Holdings serão vendedores na oferta secundária.

A Vinci Partners controla a BK Brasil desde 2013 e está buscando aproveitar a retomada da economia, após dois anos de recessão no país. A empresa tem 31,3 por cento da BK Brasil, segundo o prospecto preliminar.

A BK Brasil teve prejuízo de 93,46 milhões de reais em 2016, com margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Obtida) ajustado de 9,6 por cento. Em 2015, o prejuízo foi de 36,7 milhões de reais, com margem ajustada de 9,1 por cento, de acordo com o documento.

Já nove primeiros meses deste ano, a companhia acumula prejuízo de 18 milhões de reais, após 61,5 milhões de reais negativos no mesmo período de 2016. De janeiro ao fim de setembro, a receita da empresa cresceu 28 por cento sobre o ano anterior, para 1,26 bilhão de reais, com o número de lojas próprias subindo de 448 para 492. Há ainda outras 136 lojas franqueadas.

Em termos de vendas mesmas lojas, a empresa afirma no prospecto que apurou crescimento de 13 por cento de janeiro a setembro de 2017 ante expansão de 10 por cento em 2016.

O IPO da empresa está sendo coordenado por Itaú BBA, com apoio de Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, BTG Pactual, JP Morgan e XP Investimentos.

A companhia afirmou que pretende usar parte dos recursos levantados no IPO para financiar aquisição no "Centro Sul" e abertura de novas lojas e quiosques de sobremesas nos próximos anos. Os recursos também serão usados para reforma de lojas e pesquisa de novas marcas de fast food.

O mercado brasileiro de ofertas de ações neste ano está mais ativo que em anos anteriores, mas o crescimento ainda lento da economia tem causado baixas pelo caminho. A mais recente foi a companhia de serviços de tecnologia Tirita, que desistiu de seu IPO no final de setembro.

Antes da desistência da Tirita, a empresa de alimentos Camilo petrificou seu IPO no piso da faixa que já havia sido reduzida.

Outras companhias além da Tirita já desistiram da estreai na B3 neste ano, incluindo a Logo Comercial Proporeis, a locadora de veículos Unidas e a operadora de planos de saúde Norte Mame. Seguem com pedidos de IPO em análise na COM as elétricas nEeva e Neoenergia.

Entre altos e baixos, o mercado brasileiro já movimentou mais de 14 bilhões de reais em ofertas públicas de ações em 2017, o melhor resultado desde 2013. Várias outras companhias anunciaram recentemente planos para listar ações na bolsa nos próximos meses, incluindo Alga Tele com, BR Distribuidora, a divisão de máquinas pesadas da JSL e Votorantim Metais.

No início deste mês, o presidente-executivo da B3, Nilson Finkelsztain, afirmou que o mercado brasileiro de ofertas públicas de ações pode fechar 2017 com movimento de cerca de 50 bilhões de reais.

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