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Operador acusado de derrubar Bolsa de NY é libertado

Acusado de ter provocado grandes perdas no mercado financeiro de 2010, operador britânico ficará em liberdade sob fiança


	Homem na Bolsa de Valores: Singh Sarao foi acusado de 20 delitos, entre eles estafa eletrônica e manipulação de contratos de futuros na Bolsa de Valores de Chicago
 (AFP)

Homem na Bolsa de Valores: Singh Sarao foi acusado de 20 delitos, entre eles estafa eletrônica e manipulação de contratos de futuros na Bolsa de Valores de Chicago (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 16h52.

O operador britânico da bolsa de valores que os Estados Unidos acusam de ter provocado grandes perdas no mercado financeiro no dia 6 de maio de 2010 ficará em liberdade sob fiança, decidiu o juiz do caso nesta quarta-feira.

Navinder Singh Sarao, de 36 anos, pagará uma fiança de 5 milhões de libras (7,5 milhões de dólares, 7 milhões de euros) para ficar livre.

Um dia após sua detenção, essa é a primeira vez que o Sarao se apresenta ao juiz. Diante da autoridade, ele disse "não" quando perguntado se aceitava a extradição para os Estados Unidos. Agora, será aberto um processo, que pode durar meses ou anos, para saber se há motivos suficientes para extraditá-lo.

Detido na terça-feira em Hounslow, esse operador supostamente embolsou 40 milhões de dólares (37,2 milhões de euros) graças a um método usado por muitos anos, mas que no dia 6 de maio de 2010 fez o índice Dow Jones perder 600 pontos e bilhões de dólares em apenas cinco minutos.

Singh Sarao, que compareceu à Corte de Magistrados de Westminster, foi acusado de 20 delitos, entre eles estafa eletrônica e manipulação de contratos de futuros na Bolsa de Valores de Chicago.

Com a suposta ajuda de um programa de informática, o operador gerou grandes ordens de compra e venda de futuros na bolsa para depois tirar proveito das grandes mudanças de preço, segundo as autoridades americanas.

"A suposta manipulação de Sarao lhe proporcionou enormes lucros e contribuiu para uma forte queda nos mercados americanos no dia 6 de maio de 2010, que foi batizada como 'Flash Crash'", disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em um comunicado.

O advogado de Sarao, Joel Smith, disse na audiência que "este assunto pegou o acusado de surpresa".

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