OnlyFans: plataforma distribuiu US$ 5,8 bi a criadores em 2024 (John Phillips/OnlyFans/Getty Images)
Redatora
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 14h05.
A plataforma de conteúdo adulto OnlyFans distribuiu US$ 701 milhões em dividendos ao seu dono antes de uma potencial venda bilionária, segundo reportagem do Financial Times. O valor reforça a lucratividade do negócio comandado pelo ucraniano-americano Leonid Radvinsky, dono da empresa desde 2018.
Criada em 2016 pelo britânico Tim Stokely e seu pai, Guy, a OnlyFans conecta produtores de conteúdo diretamente aos fãs e tem atraído cada vez mais usuários. Em 2024, o número de criadores subiu 13%, para 4,6 milhões, e o de usuários avançou quase 25%, atingindo 377,5 milhões globalmente. Embora os Estados Unidos liderem como mercado, a sede da empresa continua no Reino Unido.
De acordo com o Financial Times, a Fenix International, controladora da OnlyFans, arrecadou US$ 7,2 bilhões em assinaturas no ano fiscal encerrado em 30 de novembro de 2024, acima dos US$ 6,6 bilhões do período anterior. Desse total, US$ 5,8 bilhões foram repassados aos criadores de conteúdo, US$ 500 milhões a mais do que em 2023. Os criadores de conteúdo recebem 80% de todos os pagamentos feitos por usuários na plataforma.
No mesmo período, a OnlyFans teve receita de US$ 1,4 bilhão, ante US$ 1,3 bilhão no ano anterior, e lucro antes de impostos de US$ 684 milhões, frente a US$ 658 milhões em 2023.
As contas mostram que Leonid Radvinsky recebeu US$ 497 milhões em dividendos, acima dos US$ 472 milhões do ano anterior. Após o fechamento do período fiscal, outros US$ 204 milhões foram pagos em várias parcelas.
Ao final de novembro de 2024, a empresa tinha caixa de US$ 808 milhões e empregava diretamente apenas 46 pessoas.Radvinsky está em negociações para vender uma participação majoritária na OnlyFans a um consórcio liderado pela gestora americana The Forest Road Company, em uma transação que pode avaliar o negócio em até US$ 7 bilhões. Os bilionários britânicos David e Simon Reuben também participam das conversas, ao lado de outras firmas de investimento.
Em comunicado ao Financial Times, a presidente-executiva Keily Blair afirmou que a OnlyFans “expandiu em novos segmentos, demonstrando a força e o potencial da plataforma em uma ampla variedade de gêneros”.
Ela disse ainda que a companhia vai investir mais em ferramentas de proteção e moderação, em meio ao endurecimento das regras para conteúdo adulto no Reino Unido e na Europa.
A plataforma é restrita a maiores de 18 anos e utiliza verificação facial e outros mecanismos para checar a identidade dos usuários. Além do conteúdo adulto, a OnlyFans desenvolveu a plataforma de vídeo sob demanda e o aplicativo OFTV, direcionado a áreas como fitness, culinária, comédia, música e reality shows.