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Ômicron, dados nos EUA, pressão de servidores e o que move o mercado

Mercados europeus operam próximo da estabilidade em meio a notícias de novas restrições por causa do avanço da variante Ômicron

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em discurso à nação na semana do Natal: ele pediu que americanos tomem a vacina e usem máscara para proteger os seus familiares e amigos e toda a população | Foto: Kevin Lamarque/Reuters (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em discurso à nação na semana do Natal: ele pediu que americanos tomem a vacina e usem máscara para proteger os seus familiares e amigos e toda a população | Foto: Kevin Lamarque/Reuters (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2021 às 08h17.

A quarta-feira, dia 22, começa com investidores cautelosos em meio ao noticiário sobre o avanço da variante Ômicron em países da Europa e seus impactos sobre a atividade econômica. Bolsas europeias e futuros dos índices em Nova York operam próximos da estabilidade depois de um dia de correção das fortes perdas no início da semana.

Ômicron: novos cancelamentos e restrições

Nos Estados Unidos, Amazon, Meta (ex-Facebook), Twitter e outras gigantes de tecnologia começaram a cancelar sua presença em estandes na principal feira de produtos de tecnologia do mundo, a CES em Las Vegas, prevista para o começo de janeiro de 2022. A razão: cautela com seus funcionários e clientes por causa da pandemia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em discurso à nação na semana do Natal, pediu a americanos não vacinados que tomem a dose; que os vacinados tomem a dose de reforço; e que todos usem máscara em ambientes fechados para proteger os seus familiares e amigos e toda a população da pandemia que, ressaltou, não acabou.

Nesta terça, foi a vez de o governo de Portugal anunciar medidas como o fechamento de bares e a limitação a encontros de pessoas e da capacidade de lojas em meio ao aumento do número de casos pela variante Ômicron.

Agenda de dados nos EUA

A volta da cautela em diferentes países acontece em meio à divulgação de dados sobre a economia no terceiro trimestre. Às 10h, será divulgada nova revisão do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre: o dado mais recente apontou um crescimento de 2,1% na taxa anualizada, abaixo do ritmo de 6,7% no segundo trimestre.

Ao meio-dia, serão divulgados os dados de vendas de casas existentes nos Estados Unidos em novembro.

Mais cedo, o governo britânico revisou o avanço do PIB no terceiro trimestre de 1,3% para 1,1%.

Veja a seguir os principais índices de ações às 7h35 de Brasília:

  • STOXX 600 (Europa): +0,05%
  • FTSE 100 (Londres): -0,08%
  • DAX (Frankfurt): +0,09%
  • CAC 40 (Paris): +0,11%
  • Futuro do S&P: -0,19%
  • Futuro do Dow Jones: -0,08%
  • Futuro da Nasdaq: -0,35%
  • Nikkei (Tóquio): +2,08%

O que observar no Brasil

No Brasil, o Carrefour Brasil (CRFB3) promove Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para que acionistas votem sobre um aumento de capital de 4,8 bilhões de reais com a capitalização de reserva de lucros. Outro evento previsto é a realização pelo BNDES de uma audiência pública para discutir a desestatização da Eletrobras (ELET3, ELET6).

No campo da economia e de Brasília, a atenção de investidores estará na pressão de servidores por melhores pagamentos e mais recursos no Orçamento para executarem o seu trabalho. A pressão da vez vem da categoria de auditores da Receita, que começaram a entregar seus cargos no governo e sinalizaram que podem até entrar em greve depois que o Congresso retirou verba da área para bancar um aumento a policiais em 2022.

Na esfera de indicadores, o Banco Central divulga às 9h30 os dados das contas externas do país em novembro. Às 14h30, será a vez de o Tesouro divulgar os números da dívida pública também no mês passado.

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