Redação Exame
Publicado em 14 de novembro de 2025 às 16h25.
A Oi (OIBR3;OIBR4) voltou a ser negociada na B3 nesta sexta-feira, 14, após uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro que suspendeu a conversão da recuperação judicial em falência. Na reestreia, os papéis da companhia lideram os ganhos da bolsa brasileira. Os ativos entraram em leilão, com OIBR3 registrando alta superior a 70%, e OIBR4, alta de 16%. Às 15h49 (horário de Brasília), as ações subiam 47,33%, a R$ 3,58, e 11,11%, a R$ 0,20, respectivamente.
A medida foi tomada pela desembargadora da 1ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ, após recursos apresentados por Itaú e Bradesco contra a decisão da 7ª Vara Empresarial, proferida no início da semana.
Segundo o Itaú, a decretação de falência "de um dos maiores grupos empresariais da América Latina, em detrimento da continuidade do processo de recuperação acarretará prejuízos potencialmente mais graves não apenas à coletividade de credores mais também ao interesse público".
O banco também argumentou que, como um dos maiores credores da Oi, teria prejuízos com o empresa. Segundo o recurso, a empresa de telecomunicações deve ao Itaú mais de R$ 2 bilhões.
Com a suspensão, a Justiça determinou a continuidade do processo de recuperação judicial, com base no plano já aprovado pelos credores e homologado em tribunal, segundo comunicado da empresa ao mercado.
Por ora, isso significa que a Oi não está mais falida e poderá continuar funcionando nas regras da recuperação judicial. Ao suspender os efeitos da falência e determinar o cumprimento do plano aprovado pelos credores, o Tribunal permite que a empresa siga operando enquanto realiza a venda ordenada de ativos prevista no próprio plano.