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OGX vive “Lei de Murphy” e Credit Suisse reduz projeção

Banco diminui o preço-alvo de R$ 2 para R$ 1 às ações e reitera a recomendação de desempenho abaixo da média do mercado


	Exploração em tempo recorde começa a ser questionada pelo mercado
 (RUI PORTO FILHO/Agência Estado)

Exploração em tempo recorde começa a ser questionada pelo mercado (RUI PORTO FILHO/Agência Estado)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 15h51.

São Paulo – A OGX (OGXP3) vive a realidade da Lei de Murphy, avalia o Credit Suisse em um relatório de análise da produção da petroleira em março. “A última coisa que a OGX precisava neste ponto seria era ser confrontada por problemas operacionais”, ressaltam os analistas Emerson Leite, Vinicius Canheu e André Sobreira, que assinam a análise. As ações têm forte queda nesta quarta-feira.

Segundo a petroleira, a produção dos três poços conectados a Tubarão Azul foi afetada por problemas operacionais, que causaram paralisações em todos. A produção de óleo e gás natural, em março de 2013, atingiu média de 15,1 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd). O resultado está abaixo dos 16,8 mil barris verificados em fevereiro e 16,4 mil de janeiro.

“A incerteza já era elevada no que diz respeito ao desempenho da produção dos poços existentes, à quantidade de óleo recuperável no próximo campo OSX-2, ao valor de um eventual farm-out no campo de Tubarão Martelo e à posição financeira do grupo do curto e longo prazo", afirmam. Essas preocupações, sozinhas, deixam as ações com pouco suporte para uma análise de valor, alertam.

Problemas e farm-out

E devido aos problemas em dois poços, a empresa iniciou abril com apenas um em produção. A produção, por poço no campo de Tubarão Azul ficou em 2.800 barris por dia. A estimativa inicial da empresa apontava uma produção média de 20 mil barris por dia.

Na ocasião do prospecto da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em 2008, a OGX estimava que encerraria 2012 com uma produção total de 16 milhões de barris de petróleo. Até o final do ano passado, contudo, a produção total ficou em 3,2 milhões de barris. Desse volume, apenas 2,4 milhões de barris foram vendidos.


Segundo o Credit Suisse, os problemas operacionais atrapalham qualquer negociação sobre a venda de ativos. Isso, unido ao fato que outras empresas também buscam compradores no Brasil (Petrobras, Vale, Anadarko e BP), aponta para um preço menor.

O banco passou a assumir a venda de uma participação em Tubarão Martelo a 10 dólares o barril de petróleo e não mais os 16 dólares projetados anteriormente. O resultado disso foi o corte do preço-alvo às ações de 2 reais para 1 real. A recomendação segue em desempenho abaixo da média do mercado.

O Citi também cortou hoje o preço-alvo às ações, que passou de 2,15 reais para 0,90 real. Segundo os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle, a ação da OGX pode valer apenas 34 centavos de real caso a empresa não exerça a opção que obrigaria o controlador Eike Batista a injetar 1 bilhão de dólares na petroleira.

Muita sede ao poço?

Na opinião dos analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, do Itaú BBA, apesar de a OGX se orgulhar da velocidade com que conseguiu colocar o poço de Tubarão Azul em produção, a empresa pode estar deixando de realizar passos importantes, definindo o sistema de produção e equipamentos sem contar com dados suficientes sobre os reservatórios.

Eles mantiveram a recomendação de market-perform (desempenho em linha com a média do mercado) e o preço-alvo para o final de 2013 em 2,90 reais. A média de 9 analistas consultados por EXAME.com aponta para um preço-alvo de 1,7 real.

https:http://videos.abril.com.br/exame/id/6c1db6f52ccaf36b0c20603c7868d7b6

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