Mercados

OGX dispara e faz índice zerar perdas nos ajustes finais

O papel subiu 11,8%, a R$ 3,60, com operadores citando rumores não confirmados de que o bilionário Eike Batista estaria negociando a venda de uma fatia da empresa


	OGX é uma empresa de Eike Batista
 (FABIO MOTTA/Agência Estado)

OGX é uma empresa de Eike Batista (FABIO MOTTA/Agência Estado)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa anulou as perdas nos ajustes finais do pregão desta quinta-feira, impulsionado por um salto de quase 12 por cento da petrolífera OGX.

Segundo operadores, rumores de que o bilionário Eike Batista estaria negociando a venda de uma fatia da OGX para a Petronas, da Malásia, fizeram o papel subir 11,8 por cento, a 3,60 reais --foi a maior alta diária de fechamento desde julho de 2012.

Procurada pela Reuters, a OGX informou que não comenta rumores de mercado.

Com o salto da petrolífera, o Ibovespa encerrou o pregão com variação negativa de 0,04 por cento, a 56.154 pontos.

O giro financeiro da bolsa foi de 8,3 bilhões de reais, acima da média diária de 2013.

O índice passou praticamente todo o pregão no campo negativo, chegando perder 1,3 por cento na mínima intradiária, pressionado pelo cenário de maior aversão ao risco no exterior.

Fracos indicadores econômicos da zona do euro e dos Estados Unidos divulgados nesta quinta-feira renovaram temores sobre as perspectivas de recuperação da atividade global, pesando nos principais mercados acionários.

Investidores também continuaram a mostrar cautela diante da possibilidade de que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, reduza ou mesmo interrompa seu programa de compra de ativos antes do previsto.

Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,34 por cento, o S&P 500 teve baixa de 0,63 por cento e o Nasdaq perdeu 1,04 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em queda de 1,46 por cento.

Além das preocupações com a atividade global, a economista Nastássia Romanó, da Omar Camargo Corretora, citou que o Ibovespa também tem sofrido por fatores domésticos.


"Existem dúvidas das empresas sobre como agir em um cenário de crescimento mais baixo e inflação mais pressionada", disse.

Por aqui, as ações preferenciais da Petrobras e as ordinárias da Gafisa foram as principais pressões no Ibovespa, com quedas de 1,7 e 3,7 por cento, respectivamente.

Do lado positivo, além de OGX, destaque para companhias que divulgaram seus resultados do quarto trimestre --Ultrapar Participações subiu 4,5 por cento, Banco do Brasil avançou 4,1 por cento e Gerdau teve alta de 2,8 por cento.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoNegociaçõesOGpar (ex-OGX)OGXP3PetróleoVendas

Mais de Mercados

“Trump não deverá frear o crescimento da China”, diz economista-chefe do Santander

Vendas do Wegovy, da Novo Nordisk, disparam 79% no 3º trimestre

Ibovespa opera em forte queda com IPCA acima do esperado e frustração com a China; dólar sobe a 1,7%

Cogna reduz em 72% prejuízo no 3º tri com crescimento de Kroton e já mira dividendos em 2025