O banco cortou de 18 reais para 6 reais o preço-alvo para as ações da OGX (André Valentim/EXAME)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2012 às 06h12.
São Paulo – A derrocada da OGX (OGXP3) na bolsa, que deixou muitos investidores receosos com a empresa de petróleo de Eike Batista, relembra os riscos de apostar no setor, ressalta o Deutsche Bank em um relatório. Ou seja, qualquer empresa com negócios na área está sob o risco de notícias negativas que comprometam as perspectivas futuras.
“As notícias recentes com a OGX nos trouxeram um bom lembrete sobre a natureza volátil dessas – a maioria pré-operacional – ações”, ressaltam Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, que assinam a análise. Eles passaram a adotar uma visão mais conservadora com as empresas do setor e não esperam que o sentimento do mercado em relação às ações melhore.
Os papéis da OGX despencaram 41% na semana passada após o mercado receber mal o detalhamento sobre a vazão de dois poços no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. Após testes, a empresa concluiu que a área tem uma capacidade de vazão ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia para os dois primeiros poços em estágio inicial.
Revisões
O mercado esperava algo em torno de 15 mil a 20 mil barris por dia. O banco cortou de 18 reais para 6 reais o preço-alvo para as ações da OGX. A recomendação de manter os papéis foi mantida. Para a HRT (HRTP3), a estimativa caiu de 26 reais para 8 reais. A indicação caiu de compra para manutenção.
A preferida pelo banco é o braço de exploração e produção de petróleo da Queiroz Galvão (QGEP3). Apesar da recomendação de compra, o preço-alvo foi reduzido de 23 reais para 14 reais. “Notamos que ainda existe muito risco de exploração em todas ações, o que torna as estimativas do mercado um pouco ineficientes neste ponto”, admitem os analistas.