Mercados

Oferta secundária da Via Varejo pode movimentar até R$4,9 bi

Oferta envolverá a distribuição secundária de units, representativas, cada uma, de uma ação ordinária e duas ações preferenciais


	Casas Bahia, uma das lojas do Via Varejo: coordenadores da oferta estabeleceram uma faixa indicativa de preço de 25,60 a 33,60 reais por unit
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Casas Bahia, uma das lojas do Via Varejo: coordenadores da oferta estabeleceram uma faixa indicativa de preço de 25,60 a 33,60 reais por unit (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 08h26.

São Paulo - A família Klein e o Grupo Pão de Açúcar, podem levantar até 4,9 bilhões de reais com uma oferta pública secundária de units da Via Varejo, varejista de móveis e eletrodomésticos do GPA, segundo termos do prospecto da operação divulgado nesta segunda-feira.

A oferta envolverá a distribuição secundária de units, representativas, cada uma, de uma ação ordinária e duas ações preferenciais, com os recursos direcionados apenas aos acionistas vendedores da companhia.

Os coordenadores da oferta estabeleceram uma faixa indicativa de preço de 25,60 a 33,60 reais por unit, com 107.562.595 units envolvidas, inicialmente, na operação. A oferta poderá contemplar, ainda, 16.134.389 units em lote suplementar e outras 21.512.519 units de lote adicional.

Considerando o exercício total de todos os lotes de units e o preço de 33,60 reais, a oferta pode movimentar até 4,879 bilhões de reais.

Em ata de reunião de conselho divulgada à parte, o GPA informou que venderá até 165.377.493 de ações ordinárias no âmbito da operação, que correspondem a 55.125.831 de units --cerca de 38 por cento do total que pode vir a ser ofertado.

Formada pela união entre Ponto Frio, do GPA, e Casas Bahia, da família Klein, a Via Varejo também administra a bandeira Nova Pontocom, de comércio eletrônico.


Na sessão da última sexta-feira, as ações ordinárias da companhia, que possuem baixa liquidez na bolsa, encerraram o pregão cotados a 31 reais. Atualmente, apenas 0,6 por cento do capital social da companhia é negociado em mercado, segundo informações da Bovespa.

Por isso, a oferta secundária da Via Varejo é vista pelo mercado como o verdadeiro IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) da companhia, elevando substancialmente o número de papéis da empresa negociado em bolsa, para cerca de um terço do total.

Em junho, o Conselho da Via Varejo já havia aprovado a oferta pública de units, em uma operação para permitir à família Klein, fundadora da Casas Bahia, reduzir participação na empresa. Atualmente, os Klein detém 47 por cento da Via Varejo.

A precificação da oferta ocorrerá no dia 12 de dezembro, com início da negociação das units marcado para o dia 16 do mesmo mês, disse a empresa em prospecto. O período de reserva vai de 2 a 11 de dezembro.

A oferta é liderada pelo Credit Suisse, também contando com a coordenação do Bradesco BBI, Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, Itaú BBA, JP Morgan, Santander e UBS Brasil.

*Matéria atualizada às 9h25 de 26/11 para correção de informação

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresas brasileirasMercado financeiroOfertas de açõesVarejoVia Varejo

Mais de Mercados

Funcionário esconde R$ 750 milhões em despesas e provoca crise em gigante do varejo

TotalEnergies suspende investimentos no Grupo Adani após acusações de corrupção

Barclays é multada em mais e US$ 50 milhões por captar fundos ilegalmente no Catar

Ibovespa fica no zero a zero com investidores ainda à espera de anúncio do pacote fiscal