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Oferta de debêntures perde ritmo com mercado no limite

Governo quer acelerar o financimento de dívida para empresas, afetando as captações

Emissões de debêntures com “esforços restritos” caíram para 78% dos R$ 32 bilhões levantados no primeiro semestre (Germano Lüders/Você S/A)

Emissões de debêntures com “esforços restritos” caíram para 78% dos R$ 32 bilhões levantados no primeiro semestre (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 10h27.

São Paulo - A decisão do governo de ajudar a acelerar o financiamento de dívida para empresas está se provando algo tão bom que as captações estão batendo no limite.

Emissões de debêntures com “esforços restritos”, que reduz o prazo necessário para a venda de títulos de três meses para 30 dias, caíram para 78 por cento dos R$ 32 bilhões levantados em dívida no primeiro semestre do ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima. Essa é a primeira retração desde que as regras, que também limitam o volume de títulos que investidores qualificados podem ter, foram implantadas, em janeiro de 2009.

Os cortes nas taxas de juros reduziram os rendimentos de títulos públicos a mínimas históricas e ajudaram a dobrar as captações do mercado de dívida corporativa nos últimos três anos. Agora, grandes bancos veem uma queda na demanda pelos papéis emitidos com esforços restritos porque muitos investidores já atingiram o limite imposto pelo governo, de 20 por cento de seus ativos totais em papéis privados. A regra está reduzindo o volume de ofertas com esforços restritos, que representaram o recorde de 93 por cento do total emitido no primeiro semestre de 2011.

“Muitos fundos já estão batendo no limite do que poderiam comprar de instrução 476”, disse Eduardo Prado, executivo de renda fixa do Banco Itaú BBA. Ofertas públicas são “um processo que é pesado por ser um pouco mais demorado, e um pouco mais trabalhoso, mas que se pode vender para qualquer espécie de investidor.”

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