Oncoclínias: oferta pode captar R$ 600 milhões (Oncoclínicas/Divulgação)
Repórter Exame IN
Publicado em 7 de junho de 2023 às 11h16.
Última atualização em 7 de junho de 2023 às 13h56.
A oferta de ações estudada pela Oncoclínicas (ONCO3), especializada no tratamento e atendimento de pacientes oncológicos, deve ser uma das primeiras da janela de ofertas subsequentes na B3. Na operação, o Goldman Sachs pretende começar a reduzir sua participação na companhia,na qual está investido desde 2015.
A estimativa da oferta é levantar R$ 600 milhões, de acordo com pessoas próximas à operação ouvidas pela EXAME Invest. Isso representa 11,5% do valor de mercado da empresa, hoje em R$ 5,19 bilhões.
Com os papéis negociados a R$ 10,13 pelo fechamento do pregão de ontem, seriam pouco mais de 59 milhões de ações. Esse valor pode ser ampliado se a oferta for acompanhada pela emissão de novos papéis.
“O Goldman Sachs é um investidor financeiro, em algum momento iria buscar liquidez e aproveitou o bom momento da companhia, que vem de um ciclo de investimentos e fusões e aquisições”, disse uma pessoa com conhecimento direto no setor.
O banco investiu na empresa por meio dos fundos multiestratégia Josephina e Josephina II, que juntos detém 62% do capital social da Oncoclínicas segundo seu formulário de referência mais recentemente publicado na CVM. Ou seja, se de fato foram apenas cerca de 59 milhões de ações ofertadas e todas virem desses dois fundos, isso corresponderia a 19,19% das ações detidas pelos dois Josephina.
Ontem, os papéis fecharam em queda após a confirmação de que iam oferta é estudada. Ainda assim, acumulam valorização de 75,82% apenas neste ano. Hoje, as ações se valorizam, avançando 5,74%, refletindo também a melhora na recomendação pelo Santander, que manteve a indicação de compra, mas passou o preço-alvo de R$ 10,75 para R$ 15,50.