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Oferta de ações da Eletrobras deve ser precificada em abril, diz BNDES

A assembleia extraordinária de acionistas para discutir a privatização da Eletrobras deverá ser realizada em fevereiro, segundo o cronograma apresentado por Leonardo Mandelblatt

Eletrobras: a projeção sobre o período da precificação, reafirmada pelo BNDES, ocorreu após o governo realizar alguns ajustes em valores, conforme recomendado pelo TCU (Reuters) (Pilar Olivares/Reuters)

Eletrobras: a projeção sobre o período da precificação, reafirmada pelo BNDES, ocorreu após o governo realizar alguns ajustes em valores, conforme recomendado pelo TCU (Reuters) (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 12h39.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 12h49.

O lançamento da oferta de capitalização da Eletrobras está previsto para meados de março, com a precificação da operação ocorrendo em abril, afirmou nesta quarta-feira um representante do BNDES em audiência pública.

A assembleia extraordinária de acionistas para discutir a privatização da Eletrobras deverá ser realizada em fevereiro, segundo o cronograma apresentado por Leonardo Mandelblatt, chefe do departamento de estruturação de empresas e desinvestimento do BNDES.

"Temos a expectativa de ter, em março, um acórdão do TCU [Tribunal de Contas da União] sobre a desestatização, lembrando que antes disso tem um outro acórdão do TCU, para janeiro, sobre a descotização [das usinas da Eletrobras]", acrescentou.

A projeção sobre o período da precificação, reafirmada pelo BNDES, ocorreu após o governo realizar alguns ajustes em valores, conforme recomendado pelo TCU.

Ainda durante a audiência, o banco Genial, que compõe o consórcio de assessores da desestatização, apresentou alguns cenários para a oferta primária e uma potencial oferta secundária, caso a primeira não seja suficiente para diluir a participação da União a 45% do capital votante da Eletrobras.

Usando como base o valor referencial de R$ 24,4 bilhões para a oferta primária — ponto médio da faixa estabelecida pelo governo, de R$ 22 bilhões a R$ 26,6 bilhões —, uma potencial oferta secundária pode variar de R$ 500 milhões e R$ 8,4 bilhões, a depender do preço por ação da Eletrobras, de acordo com cenários apresentados pelo Genial.

Para estimar potenciais valores da oferta secundária, foi utilizada uma faixa de preços de R$ 32,57 a R$ 55 por ação da estatal.

Segundo o banco Genial, a quantidade de ações objeto das ofertas primárias e secundária será definida no momento do lançamento da oferta, com base na cotação da Eletrobras dos 15 dias anteriores.

As ações preferenciais da Eletrobras eram negociadas nesta quarta-feira com queda de 0,7%, a R$ 31,17.

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