Credit Suisse não vê muitos fatores positivos para Iochpe-Maxion no curto prazo (Pedro Motta/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2012 às 11h00.
São Paulo – Dada as preocupações com a maneira como a Iochpe-Maxion (MYPK3) pode se ‘desalavancar’ - reduzir proporção entre dívida e ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) -, uma oferta de ações ainda faria sentido estratégico, avaliaram os analistas do Credit Suisse em relatório enviado para clientes.
A Iochpe informou ao mercado em 15 de maio que pretendia fazer uma nova oferta de ações, plano abandonado no início de junho pelo mau momento do mercado de ações.
No relatório, o analista Bruno Savaris estima que a relação entre a dívida e o ebitda neste ano chegue a 4,9 vezes e diminua para 2 vezes apenas entre 2016 e 2017. “Nossa maior preocupação é que a Iochpe-Maxion é líder num setor muito cíclico e operar com uma alta alavancagem não é a melhor das condições”, disse o analista.
Sem observar fatores positivos no curto prazo, o analista classificou a ação como neutra, com um preço-alvo de 35 reais (ante 42 reais), um potencial de valorização de 33%. “Apesar do forte potencial de valorização, a alta alavancagem com a baixa visibilidade de quanto o setor automotivo vai se recuperar no Brasil e na Europa nos leva a ter uma visão mais cautelosa”, afirmou Savaris.
Apesar desse cenário, o analista destaca que a solvência da companhia e habilidade em conseguir boas linhas de crédito não são fatores de preocupação.