Presidente Barack Obama: nova legislação dará "as mais fortes proteções para os consumidores na história" dos EUA (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2010 às 21h21.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou hoje a maior reforma financeira no país desde a Grande Depressão e que, segundo ele, dará fim aos resgates de empresas financeiras bancados pelos contribuintes americanos.
Segundo Obama, a nova legislação dará "as mais fortes proteções para os consumidores na história" dos EUA.
Obama sancionou a lei diante de quase 400 líderes dos setores público e privado que tiveram destacados papéis na elaboração e aprovação do texto.
Para o presidente americano, a "causa principal" da recessão econômica foi "o descalabro de nosso sistema financeiro" e a crise de 2008 foi fruto da irresponsabilidade de setores de Wall Street e Washington.
Obama disse que, durante anos, o setor financeiro dos EUA esteve governado por "regras antiquadas e fracamente aplicadas as quais permitiram que alguns tirassem vantagem do sistema e assumir riscos que puseram toda a economia em perigo".
Cercado por líderes do Congresso, o presidente americano assegurou que a reforma promoverá a transparência e a simplicidade nos empréstimos e no uso de cartões de crédito.
"Graças a esta lei, ninguém pedirá novamente ao povo americano para que pague pelos erros de Wall Street", afirmou Obama, arrancando aplausos da audiência.
Aprovada no Congresso com o apoio de poucos republicanos, a reforma financeira permite que o Governo americano desmonte empresas que possam pôr a economia em perigo, cria uma entidade de proteção financeira para os consumidores e aumenta a supervisão das operações financeiras no país.
Veja a análise de Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, sobre a reforma financeira americana