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Obama promulga reforma do sistema financeiro

Presidente Barack Obama assinou uma lei que sanciona a maior reforma da regulamentação financeira desde a década de 1930

Presidente Barack Obama: nova legislação dará "as mais fortes proteções para os consumidores na história" dos EUA (Saul Loeb/AFP)

Presidente Barack Obama: nova legislação dará "as mais fortes proteções para os consumidores na história" dos EUA (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2010 às 21h21.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou hoje a maior reforma financeira no país desde a Grande Depressão e que, segundo ele, dará fim aos resgates de empresas financeiras bancados pelos contribuintes americanos.

Segundo Obama, a nova legislação dará "as mais fortes proteções para os consumidores na história" dos EUA.

Obama sancionou a lei diante de quase 400 líderes dos setores público e privado que tiveram destacados papéis na elaboração e aprovação do texto.

Para o presidente americano, a "causa principal" da recessão econômica foi "o descalabro de nosso sistema financeiro" e a crise de 2008 foi fruto da irresponsabilidade de setores de Wall Street e Washington.

Obama disse que, durante anos, o setor financeiro dos EUA esteve governado por "regras antiquadas e fracamente aplicadas as quais permitiram que alguns tirassem vantagem do sistema e assumir riscos que puseram toda a economia em perigo".

Cercado por líderes do Congresso, o presidente americano assegurou que a reforma promoverá a transparência e a simplicidade nos empréstimos e no uso de cartões de crédito.

"Graças a esta lei, ninguém pedirá novamente ao povo americano para que pague pelos erros de Wall Street", afirmou Obama, arrancando aplausos da audiência.

Aprovada no Congresso com o apoio de poucos republicanos, a reforma financeira permite que o Governo americano desmonte empresas que possam pôr a economia em perigo, cria uma entidade de proteção financeira para os consumidores e aumenta a supervisão das operações financeiras no país.

Veja a análise de Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, sobre a reforma financeira americana

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