Repórter
Publicado em 18 de agosto de 2025 às 18h54.
Última atualização em 18 de agosto de 2025 às 19h06.
O relatório 13F da Oaktree Capital Management, liderada pelo megainvestidor Howard Marks, mostrou que a gestora zerou sua posição na Petrobras, num movimento de saída gradual que vem acontecendo desde o segundo trimestre de 2024.
Em agosto de 2024, a Oaktree, que administra US$ 3,95 bilhões, vendeu 11% da sua posição em ações da Petrobras, que correspondia a 593 mil papéis, reduzindo sua participação para 1,25% do portfólio.
No segundo trimestre de 2025, a Oaktree zerou completamente sua posição na Petrobras, vendendo 2,66 milhões de recibos de ações (ADRs) listados na bolsa de Nova York (NYSE). Essa posição valia cerca de US$ 38,14 milhões, representando 0,97% do portfólio da gestora.
Essa saída marca uma mudança importante, com a Oaktree apostando agora em outras petroleiras latino-americanas, como a argentina YPF e aumentando sua exposição a outras empresas do setor na região, como a colombiana Ecopetrol e Vista Oil & Gas.
Os principais motivos para a Oaktree vender suas ações da Petrobras foram:
A gestora permanece como uma das poucas entre os grandes hedge funds globais com exposição relevante a ações brasileiras. Segundo levantamento da plataforma Valuesider, que analisou os portfólios de 95 fundos internacionais, apenas a Causeway Capital Management, liderada por Sarah Ketterer, aparece ao lado da Oaktree com investimentos significativos no país.
Além de sair da Petrobras, o fundo comandado por Howard Marks também vendeu ações de Bradesco e XP no final do ano passado. Apesar da redução, a Oaktree ainda mantinha, até o fim de junho de 2025, participação em quatro empresas brasileiras, com destaque para o setor financeiro e de commodities. A maior posição é em Itaú Unibanco, que representa 1,89% do portfólio, com mais de 11 milhões de ações — um aumento de 0,70% no trimestre. Já a exposição à Vale, segunda maior posição, caiu 0,98%, totalizando 2 milhões de papéis.