Sede do Wells Fargo (WFCO34) (Spencer Platt/Getty Images)
O Wells Fargo (WFCO34) divulgou nesta sexta-feira, 15, os resultados do segundo trimestre de 2022.
O lucro líquido da Wells Fargo foi de US$ 3,11 bilhões, queda de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando tinha sido de US$ 6,04 bilhões.
Entre as causas dessa queda estão o aumento das reservas para dívidas duvidosas e quedas em suas participações acionárias.
A receita do banco foi de US$ 17,03 bilhões no trimestre, queda de 16% em relação aos US$ 20,27 bilhões do mesmo período do ano passado, cerca de meio bilhão de dólares abaixo da expectativa dos analistas.
A receita líquida oriunda das operações com juros aumentou 16%, principalmente devido ao impacto de taxas de juros mais altas. Mas a receita excluindo as operações com juros diminuiu 40%, principalmente devido a resultados mais baixos nos negócios ligados ao capital de risco e private equity.
As provisões para dívidas duvidosas chegaram em US$ 580 milhões, contra uma liberação de US$ 1,2 bilhão registrada no mesmo período do ano passado, que tinha contribuído para impulsionar os resultados.
O Wells Fargo disse que as “condições de mercado” a forçaram a registrar uma redução no valor de US$ 576 milhões no segundo trimestre em títulos patrimoniais vinculados ao seu negócio de capital de risco.
O CEO do Wells Fargo, Charlie Scharf, comentou que “embora nosso lucro líquido tenha diminuído no segundo trimestre, nossos resultados subjacentes refletiram nossa melhoria na capacidade de lucro com despesas em declínio e taxas de juros crescentes, impulsionando um forte crescimento da receita líquida de juros".
"Os saldos dos empréstimos aumentaram com o crescimento dos empréstimos ao consumidor e comerciais. A qualidade do crédito permaneceu forte e continuamos a executar nossas iniciativas de eficiência. A receita sem juros caiu à medida que as taxas de juros mais altas e os mercados financeiros mais fracos reduziram nossos resultados de capital de risco, banco hipotecário, banco de investimento e consultoria de corretagem”, salientou Scharf.
Segundo executivo, os resultados do Wells Fargo "devem continuar se beneficiando do ambiente de aumento das taxas de juros, com o crescimento da receita líquida de juros mais do que compensando qualquer pressão adicional de curto prazo sobre a receita não financeira".