Mercados

O superdia do petróleo

Nos últimos meses, o mercado do petróleo viveu uma espécie de corrida para ver quem podia mais. Com o objetivo de tirar países menos eficientes do jogo (especialmente os Estados Unidos), os membros da Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, aumentaram a produção de 92 milhões para 96 milhões por dia de 2014 […]

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje  / Germano Lüders

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje / Germano Lüders

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2016 às 18h37.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.

Nos últimos meses, o mercado do petróleo viveu uma espécie de corrida para ver quem podia mais. Com o objetivo de tirar países menos eficientes do jogo (especialmente os Estados Unidos), os membros da Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, aumentaram a produção de 92 milhões para 96 milhões por dia de 2014 para cá. Isso jogou o preço do barril de mais de 100 dólares para a casa dos 40.

A dúvida número 1 do setor passou a ser quando a loucura terminaria. Nesta quarta-feira, após uma reunião de mais de 4 horas, a Opep chegou, enfim, a um acordo para cortar sua produção em algo entre 200.000 e 700.000 barris diários. É o primeiro consenso desse tipo na Opep desde 2008. A limitação deve ser efetivamente implementada no encontro marcado para novembro em Viena.

Responsáveis por um terço do petróleo cru produzido no mundo – mais de 33 milhões de barris por dia -, os 14 membros da Opep vinham conversando informalmente desde o início da semana, no Fórum Mundial de Energia, na cidade de Argel, na Argélia. Negociações para reduzir a produção já haviam falhado na última reunião oficial da Opep, em abril, e enfrentavam resistência principalmente do Irã, que está voltando agora a vender sua produção no ocidente.

O anúncio fez os preços do petróleo fechar em alta de 5%, chegando a mais de 48 dólares em Londres e a quase 47 em Nova York. A notícia fez disparar as ações de petroleiras e interferiu no desempenho de bolsas mundo afora. Na BM&FBovespa, as ações da Petrobras subiram 5,18%, com 20% do total de negociações do dia. A alta ajudou ainda a bolsa a subir 1,67% nesta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Mercados

Em ritmo intenso de expansão, Fleury compra laboratório em Campinas por R$ 130 milhões

Detalhes sobre o ajuste fiscal, isenção do IR e feriado nos EUA: os assuntos que movem o mercado

Colapso do governo? A crise política que abala os mercados na França

Dólar alcança nova máxima histórica e fecha a R$ 5,91