São Paulo - A agenda desta sexta-feira traz o PMI de serviços do Brasil, divulgado pelo HSBC.
Também serão conhecidos o PMI de serviços da Alemanha, Reino Unido divulgado pelo Markit.
Por conta do Dia da Independência dos Estados Unidos, o feriado americano foi antecipado e os mercados estarão fechados.
-
zoom_out_map
1/14 (Alexandre Battibugli/EXAME)
São Paulo - Refém de um horizonte ainda bastante nebuloso, o
Ibovespa enfrenta um ano de incertezas e de uma gradual desvalorização, Desde janeiro, a principal referência da bolsa brasileira registra queda de 23,11%. Os estrategistas do Bank of America Merrill Lynch
reduziram recentemente a estimativa para o Ibovespa para o fim do ano de 65 mil pontos para 50 mil pontos, citando um cenário mais desafiador, marcado pela desaceleração do crescimento, maior inflação e incertezas políticas. No entanto, alguns papéis mostram resistência ao pessimismo do mercado. Confira a seguir 12 ações que deixam o Ibovespa comendo poeira em 2013. As variações consideram o fechamento do dia 16 de julho.
-
2. Embraer
zoom_out_map
2/14 (Divulgação)
Dentre os papéis que compõem o Ibovespa, as ações ordinárias da
Embraer (
EMBR3) lideram com folga a lista de ativos que mostram variação positiva no ano, com alta de 50,40%. Em junho, a companhia acumulou sua maior carteira de pedidos de jatos regionais em cinco anos com companhias aéreas dos Estados Unidos adquirindo aviões maiores. Isso mantém a linha de produção ocupada enquanto a companhia desenvolve uma nova classe de aeronaves que deve ser lançada em 2018. No mesmo mês, a agência de classificação Standard & Poor's elevou a classificação de crédito corporativo da empresa de BBB- para BBB devido aos fortes indicadores de crédito e de eficiência operacional.
-
3. Braskem
zoom_out_map
3/14 (Mirian Fichtner/Reprodução)
Com alta de 30,62% desde janeiro, as ações preferenciais classe A da
Braskem (
BRKM5) foram beneficiadas pelas mudanças na tributação do setor químico. Boa parte deste fôlego na bolsa veio do anúncio da redução de tributos para o setor químico feito pelo governo federal. Em abril, a alíquota de PIS/Cofins incidente sobre as matérias-primas da indústria química, como nafta e propano, foi reduzida de 5,6 % para 1 %, e o benefício fiscal foi ampliado para a chamada indústria de segunda geração. As medidas do governo afetam diretamente os portfólios de segunda geração de insumos de petroquímicas como Braskem, que produz resinas termoplásticas, PVC e polipropileno, entre outros produtos.
-
4. Cielo
zoom_out_map
4/14 (Divulgação)
A entrada de novos concorrentes e as mudanças no cenário macroeconômico do país parecem não ter abalado a
Cielo (
CIEL3), pelo menos na Bovespa. A atual líder no segmento de cartões no país registra uma alta de 22,75% em 2013. A empresa de serviços financeiros apresentou lucro de 641 milhões de reais de janeiro a março, número 13% maior ao apresentado no ano passado, e ganho de participação de mercado para os atuais 54,2%.
-
5. Suzano Papel e Celulose
zoom_out_map
5/14 (Germano Lüders)
Em março deste ano, a notícia de que a
Suzano Papel e Celulose (
SUZB5), segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, decidiu vender ativos não estratégicos e adiar projetos para reduzir sua alavancagem foi muito bem recebida pelos investidores. Na ocasião, o analista da Coinvalores, Felipe Martins Silveira, afirmou que a decisão mereceu grande atenção, pois vendo seu endividamento subir no quarto trimestre de 2012, a empresa optou por uma estratégia alinhada à realidade. Desde janeiro, os papéis da companha acumulam uma alta de 18,21%.
-
6. Ultrapar
zoom_out_map
6/14 (Lia Lubambo/EXAME.com)
Com um avanço de 16,52% em 2013, as ações da
Ultrapar (
UGPA3) também têm mostrado resiliência em momento tumultuados na bolsa. De acordo com analistas do HSBC, a empresa tem um negócio resistente aos impactos de crises, baixa exposição a variações cambiais bruscas e uma administração motivada pelo valor e governança corporativa. A Ultrapar tem classificação “overweight”, com preço justo estimado de 61 reais.
-
7. Fibria
zoom_out_map
7/14 (GERMANO LUDERS)
O recente avanço do dólar tem importante participação na alta de 16,08% das ações da
Fibria (
FIBR3) neste ano. Além disso, as ações da empresa ganharam força adicional recentemente após terem sido incluídas no portfólio do Itaú BBA no lugar dos papéis da Klabin. Os números apresentados no primeiro trimestre também foram decisivos para a performance do papel até agora. A empresa teve lucro líquido de 24 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de 10 milhões registrado um ano antes, mas reduzindo pela metade o ganho visto nos últimos três meses de 2012.
-
8. BRF
zoom_out_map
8/14 (Divulgação)
Os papéis da
BRF (
BRFS3) acumulam ganhos de 15,54% desde o início do ano. Nesta semana, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) elevou sua estimativa de preço-alvo para a BRF a 54 reais, versus 52 reais por ação anteriormente, em meio à recente depreciação da moeda brasileira, mas vê o mercado interno com cautela. O BofA aponta dois riscos ao desempenho da companhia que devem ser acompanhados com atenção: o potencial aumento da oferta global de carne de frango, dado o incremento atual nas margens do setor; e o cenário mais fraco para consumo no Brasil.
-
9. JBS
zoom_out_map
9/14 (Divulgação)
O mercado ainda busca uma avaliação mais detalhada do horizonte da
JBS (
JBSS3), após a companhia anunciar a compra da Seara Brasil da Marfrig. Enquanto isso, os papéis da JBS entregam ganhos de 14,28% em 2013. A agência de classificação de risco Fitch, seguindo movimento similar de outras agências, colocou os ratings da JBS, a maior empresa de carnes do mundo, em observação com implicações negativas. A operação deverá colocar a JBS como líder mundial no mercado de aves, mas terá implicações no seu endividamento, já que o pagamento dos 5,85 bilhões de reais será feito pela assunção de dívidas bancárias da Marfrig, explica a Fitch.
-
10. Pão de Açúcar
zoom_out_map
10/14 (Vanderlei Almeida/AFP)
A expansão anunciada pelo
Pão de Açúcar (
PCAR4) tem dado fôlego extra aos papéis da companhia de varejo na bolsa, que avançam 13,67% neste ano. O Grupo Pão de Açúcar pretende investir o equivalente a cerca de US$ 1 bilhão em 2013 para expandir sua rede pelo país, afirmou recentemente o executivo-chefe da Companhia Brasileira de Distribuição (CDB), Enéas Pestana. A estratégia do Pão de Açúcar, segundo ele, inclui a expansão para regiões brasileiras onde há menos lojas do grupo, mas que crescem rapidamente, como o Nordeste.
-
11. Eletrobras
zoom_out_map
11/14 (Adriano Machado/Bloomberg)
O mês de julho tem proporcionado um fôlego importante no desempenho das ações da
Eletrobras (
ELET6), com alta de 10,19%. Com o recente otimismo o papel deixou o terreno negativo em 2013 e passou a entregar uma valorização 8,80%. Dentre as recentes notícias envolvendo a empresa está a de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai bancar as despesas correntes do dia a dia da Eletrobras ao longo deste ano. Embora tenha como função principal estimular investimentos, o banco de fomento vai financiar a estatal de energia em R$ 2,5 bilhões por meio de Cédula de Crédito Bancário. A cédula é um título que equivale a uma promessa de pagamento em dinheiro.
-
12. CESP
zoom_out_map
12/14 (CESP/Divulgação)
Após surpreender o mercado com seus números apresentados no primeiro trimestre do ano, a
CESP (
CESP6) também vê sua ações negociarem longe de patamares obscuros, com avanço de 6,70% neste ano. A companhia de energia CESP teve lucro líquido de 339 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 58,3 % na comparação anual, ajudada por um forte avanço na receita e queda nas despesas operacionais. O lucro veio acima da média das estimativas de analistas, de 314,6 milhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.
-
13. Cemig
zoom_out_map
13/14 (Divulgação)
Ainda impactada pelas regras da medida de renovação das concessões,a
Cemig (
CMIG4) ainda sobrevive no terreno azul da bolsa brasileira, com alta de 5,07%. A estatal mineira de energia disse recentemente que fará um "esforço grande" para recuperar resultados até 2016 por meio de redução de custos e aquisições ao mesmo tempo em que briga para manter ativos antigos.
-
14. Veja agora: 9 ações influenciadas pela desvalorização do real
zoom_out_map
14/14 (Scott Eells/Bloomberg)