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O Itaú BBA está animado com a bolsa. E aposta nessas cinco ações para superar o Ibovespa em junho

Papéis de energia e saneamento ainda dominam a carteira ‘Top 5’ do banco

Carteira recomendada: Itaú BBA tira Caixa Seguridade, Cury e Eletrobras da carteira de junho (Germano Lüders/Exame)

Carteira recomendada: Itaú BBA tira Caixa Seguridade, Cury e Eletrobras da carteira de junho (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de junho de 2025 às 17h49.

Última atualização em 2 de junho de 2025 às 18h31.

O clima é de otimismo para o Itaú BBA, que projeta um Ibovespa ainda favorável em junho. Para o banco, a diversificação de portfólio global ainda deve beneficiar a entrada de capital estrangeiro em países como o Brasil.

“Assim como outros players, o Brasil tem conseguido capturar parte deste fluxo, o que é suficiente hoje para garantir a continuidade do momento positivo da nossa bolsa”, afirma o banco em relatório.

As mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) atrapalharam, mas não foram suficientes para impedir o momento favorável pelo qual a bolsa passou — melhor do que em abril.

Além disso, o vaivém das tarifas parece agora ter se acalmado com a trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China. E, apesar do alívio para os EUA, “o investidor estrangeiro segue procurando diversificar geograficamente seus portfólios”, o que é benéfico para países emergentes, incluindo o Brasil.

Segundo a instituição, para este mês, o mercado deve continuar focado nas relações comerciais entre a China e os EUA, nos questionamentos relacionados à incidência de IOF sobre o risco sacado e nos dados de atividade e inflação americanos e brasileiros.

Trocas na carteira

Em meio a um clima de otimismo, o Itaú BBA fez três trocas na sua carteira recomendada Top 5 para junho.

Confira as apostas:

  • Copel (CPLE6)
  • Vibra (VBBR3)
  • Marcopolo (POMO4)
  • Prio (PRIO3)
  • Equatorial (EQTL3)

Neste mês, entrou Copel (CPLE6), saiu Eletrobras (ELET3). A Copel é uma das preferidas no setor de energia elétrica e saneamento do banco, que vê um bom momento operacional combinado a uma taxa interna de retorno (TIR) real de cerca de 10%.

Ao mesmo tempo, a companhia recentemente anunciou uma nova política de dividendos, que deve garantir proventos generosos aos seus acionistas, o que gera um dividend yield, nas projeções do banco, de aproximadamente 9% em 2025 e 10% em 2026.

O modelo defensivo do papel também agrada, principalmente por ser exposto à geração hídrica – que tende a não ser tão afetada por efeitos de curtailment (energia produzida e “descartada”), como as geradoras solares e eólicas – e à transmissão, que é um segmento altamente gerador de caixa e com risco relativamente baixo.

Além disso, a Copel tem potencial de destravar valor ao buscar listagem no Novo Mercado. “Se ocorrer, será bem-visto pelo mercado e pode desencadear valorização adicional do papel”, pontua o relatório.

Assim como o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), que retirou de sua carteira de junho Caixa Seguridade (CXSE3) e Cury (CURY3), bastante focada em Minha Casa, Minha Vida, ambas também saem para dar lugar a Vibra (VBBR3) e Marcopolo (POMO4) na carteira do Itaú BBA.

Para Vibra, o banco comenta que uma maior fiscalização sobre as misturas obrigatórias de biocombustíveis na gasolina e no diesel deve garantir a redução de práticas irregulares de parte da concorrência do setor.

Além disso, a combinação de uma economia aquecida e uma safra robusta de grãos — especialmente no Centro-Oeste — tende a sustentar uma demanda elevada por combustíveis.

O resultado é a empresa sendo negociada a múltiplos atrativos: P/L (preço por lucro) estimado em 9 vezes para 2025, com um retorno interessante em dividendos, com dividend yield esperado de cerca de 5% este ano.

Já para a Marcopolo, a visão construtiva se dá principalmente pelas perspectivas de demanda tanto no mercado externo quanto no doméstico.

Somado a isso, o carrego do papel nos atuais níveis de preço é atrativo, afirma o banco, considerando o retorno esperado em dividendos (dividend yield de cerca de 8% para este ano) e o balanço desalavancado da companhia (dívida líquida/Ebitda de cerca de 0,2x, ao fim do primeiro trimestre).

Completam a carteira Prio (PRIO3), também favorita do BTG Pactual no setor de Petróleo e Gás, e Equatorial (EQTL3) — fazendo o setor de ‘Saneamento e Energia’ e ‘Energia’ ter 80% de peso na carteira.

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