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Fim da alta para as siderúrgicas?

As mesmas ações que ostentam o título de maiores altas do Ibovespa em 2016 têm agora as maiores quedas no mês de dezembro. No ano, as ações das siderúrgicas Gerdau subiram 122,9% e as da CSN, 140%. No mês de dezembro, Gerdau e CSN já caíram mais de 20%. O que aconteceu? Basicamente, tudo que […]

GERDAU: anúncio de OPA agitou as ações da companhia nesta quarta-feira / Germano Luders

GERDAU: anúncio de OPA agitou as ações da companhia nesta quarta-feira / Germano Luders

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 19h10.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h41.

As mesmas ações que ostentam o título de maiores altas do Ibovespa em 2016 têm agora as maiores quedas no mês de dezembro. No ano, as ações das siderúrgicas Gerdau subiram 122,9% e as da CSN, 140%. No mês de dezembro, Gerdau e CSN já caíram mais de 20%. O que aconteceu? Basicamente, tudo que parecia jogar a favor das siderúrgicas virou contra elas.

A recuperação da economia – que estimularia os investimentos em infraestrutura e o consumo do aço – ainda não veio. O preço do minério de ferro na China, que chegou aos 84 dólares no início de dezembro, o maior patamar do ano, caiu para os 76 dólares.

O problema, para as empresas, é que esses dois fatores devem continuar jogando contra ao longo de todo o ano que vem. Economistas já revisaram suas projeções de crescimento para 2017, e um grupo crescente de analistas prevê um zero a zero. O governo ainda fala em 1% de avanço.  Com relação ao minério, analistas prevêem preços na casa dos 60 dólares.

“As ações subiram muito este ano. Em 2017 isso não vai se repetir”, diz Luis Gustavo Pereira, analista da corretora Guide. A maioria dos analistas tirou a recomendação de compra para ações da Gerdau e da CSN.

As ações da Usiminas – que eram vistas como as problemáticas do setor por conta da dívida alta e dos desentendimentos entre os sócios – agora são consideradas as mais promissoras. No mês, as ações da Usiminas caíram apenas 4,5%. “Elevamos Usiminas para compra com base nos fundamentos otimistas para os aços planos. O consumo de aço plano [utilizados em veículos, eletrodomésticos] deve se recuperar mais rápido no Brasil que o do aço longo, já que o esse último está fortemente ligado aos setores imobiliário e de infraestrutura, que não atingiram o fundo do poço ainda”, dizem analistas do banco Santander em relatório.

 

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