ENERGIA: os chineses ultrapassam a francesa Engie, tornando-se a segunda maior holding de geração do Brasil, atrás apenas da estatal federal Eletrobras. / Thinkstock (foto/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2016 às 18h58.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.
Temer no feijão
Após pressão nas redes sociais com a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão, o presidente interino Michel Temer solicitou ao ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que libere as importações do grão de outros países do Mercosul. O feijão já acumula alta de quase 40% no ano e subiu 16% de maio para junho, segundo o IPCA-15 divulgado na terça-feira 21, quando problemas climáticos afetaram a safra. O ministério estuda também trazer o alimento do México e da China para aumentar a oferta e estabilizar os preços. O preço do arroz também subiu 4% no ano e a alta desses alimentos, que compõem a base da alimentação do brasileiro, pesa principalmente no bolso da população mais pobre.
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Apreensão pré-Brexit
O clima foi de cautela nas negociações da bolsa nesta quarta-feira. O Ibovespa caiu 1,34%, na véspera da cotação do plebiscito que vai decidir sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Entre os destaques de queda, as ações da Petrobras caíram quase 2% em dia de baixa do petróleo. Do lado positivo, as ações da companhia de energia elétrica Cemig subiram 7,6% com rumores da venda de ativos para empresas chinesas.
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Novo presidente na Eletrobras?
O dia foi de alta também para as ações da Eletrobras. Os papéis ordinários subiram 12% e os preferenciais 6,8%. O presidente interino Michel Temer sancionou a lei que permite que as distribuidoras da Eletrobras tenham mais prazo para renovar suas concessões. O prazo passou de 30 para 210 dias. Além disso, uma notícia da Bloomberg afirma que o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, que deixa a companhia em julho, foi convidado pelo governo para a presidência da Eletrobras. Segundo a notícia ele estaria disposto a assumir a companhia.
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Brasil sem investimentos
Os investimentos estrangeiros no Brasil caíram de 73 bilhões de dólares em 2014 para 64,6 bilhões no ano passado, uma queda de 11,5%. O resultado do país segue em direção contrária ao resultado mundial. Segundo o Relatório de Investimento Global, os investimentos estrangeiros em outros países cresceram 38% no ano passado, o maior aumento nos investimentos desde a crise de 2008. Com isso, o Brasil caiu da 4ª para a 8ª posição dos países que mais recebem investimentos externos.
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Teto nos estados
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira que a renegociação da dívida dos estados envolverá um teto limite, baseado na inflação do ano anterior. Meirelles afirmou que o princípio dessa proposta é o mesmo daquela criada no âmbito federal. “O acordo com os estados [é que] será limitado o gasto público nos estados pelo mesmo percentual acordado com a União”, disse o ministro. Apesar disso, não há vinculação entre as duas propostas, na medida que o orçamento da União depende da aprovação no Congresso e o teto dos estados tem um projeto de lei próprio.
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BB tranquilo
Um dos maiores credores da operadora de telefonia Oi, o Banco do Brasil diz estar tranquilo com a recuperação judicial da companhia. O porta-voz do sentimento do banco é Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo. O débito da Oi com o Banco do Brasil é de 4,4 bilhões de reais. “Não há nada no mercado que nos preocupe. Estamos tranquilos. Temos políticas de provisões bastante conservadoras, acima das exigências regulatórias”, disse Moreira, que não deu detalhes sobre os provisionamentos do banco para a Oi.
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Cheques sem fundos
A taxa de cheques devolvidos por falta de fundos no Brasil chegou a 2,39% em maio. É o segundo maior patamar para o mês nos últimos 25 anos. O dado é da indicadora Serasa Experian, que contabiliza 1,2 milhão de cheques devolvidos em maio, ante a compensação de 50,6 milhões. Segundo a Serasa, o aumento do desemprego e a queda da renda média da população ajudaram o índice a subir.