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O dia dos 100 mil pontos no Ibovespa? Depende do emprego nos EUA

Pedidos de seguro desemprego podem voltar a crescer após segunda onda da covid-19 em estados que reabriram a economia

IBOVESPA: o índice registrou sua maior alta desde 2009. (Amanda Perobelli/Reuters)

IBOVESPA: o índice registrou sua maior alta desde 2009. (Amanda Perobelli/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2020 às 07h01.

O dia de o índice Ibovespa voltar a superar os 100.000 pontos chegou? A barreira "psicológica" pode ser rompida nesta quinta-feira. Ontem, o índica subiu 2,05% e chegou aos 99.769 pontos, influenciado por notícias como uma alta mensal de 13,9% das vendas no varejo em maio, ante previsão de 6%.

Arthur Mota, economista da Exame Research, afirma que o dado motiva uma revisão mais positiva para a economia, e foi possível graça a um "caminhão de medidas do governo".

Uma das notícias que devem movimentar a bolsa nesta quinta-feira é o relatório semanal de pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos. As últimas semanas mostraram uma queda no número de pedidos, indicando uma recuperação rápida da economia. Na quinta pasada, 4,8 milhões de pessoas recuperaram emprego, levando a taxa de desemprego de 14,7%, em abril, para 11,1%. Mas há risco de um novo avanço nos dados de hoje, o que reforçaria o impacto de uma segunda onda da covid-19. "Esse vai ser o principal fator para romper ou não a barreira dos 100", diz Bruno Lima, analista da Exame Research.

Ontem, o presidente Donald Trump voltou a criticar governadores reticentes em abrir a economia, sobretudo as escolas, afirmando que eles têm objetivos eleitorais. O país segue como principal epicentro da pandemia do novo coronavírus, com mais de 3 milhões de casos. Entre as notícias para segurar a euforia também está um alerta de executivos do Fed, o banco central americano, de que a recuperação no país pode estar esfriando. A China, por sua vez, afirmou que os laços com os Estados Unidos estão no pior nível desde 1979, quando começou a arrancada econômica do país.

Ontem as bolsas americanas tiveram mais um dia de alta, apesar do avanço da pandemia. Nasdaq bateu novo recorde puxada pelo ótimo desempenho das empresas de tecnologia. Os índices futuros começaram esta quinta-feira em leve baixa. O índice europeu FTSE 100 estava em queda de 0,6% até as 7h de Brasília. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, puxadas por mais um dia de forte desempenho de Xangai (que subiu 1,39%) após o governo chinês indicar apoio ao mercado de capitais, na segunda.

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