Fábrica da GM: a taxa de desemprego deve se manter no nível de setembro, em 3,6% (Jasper Juinen/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 06h31.
Última atualização em 15 de junho de 2020 às 15h01.
O dado econômico mais aguardado para medir a força da economia dos Estados Unidos será conhecido nesta sexta-feira (31). E ficará no radar do mercado, já que ele deve fornecer novos indícios sobre a possibilidade de uma recessão na maior economia do mundo.
Os números do payroll de outubro – como são conhecidos os dados do mercado de trabalho – vão revelar se o Federal Reserve, o banco central americano, acertou ao avaliar que os empregos continuarão crescendo, ainda que a um ritmo menor que no ano passado.
Este foi um dos argumentos usados pelo Fed para sinalizar uma possível pausa do ritmo de cortes das taxa de juros por lá. Na quarta-feira (30), o órgão promoveu a terceira e talvez última redução do ano, em 0,25 ponto percentual.
Analistas do banco Wells Fargo projetam uma criação de 75 mil postos de trabalho em outubro. O número representa uma desaceleração frente à média do terceiro trimestre, que ficou em 156 mil vagas criadas por mês. Já a taxa de desemprego deve se manter no nível de setembro, em 3,6% – a mais baixa dos últimos 50 anos.
Os números de emprego em outubro nos Estados Unidos podem sinalizar se o Federal Reserve tomou a decisão correta ao indicar que o ciclo de cortes de juros pode ter chegado ao fim. Em setembro, os EUA criaram 136 mil vagas de trabalho, abaixo das estimativas.
O payroll é um dos principais norteadores para guiar os investidores sobre a saúde da economia americana. Além de números sobre a criação de vagas, também são conhecidos dados da balança comercial e dos salários do trabalhador.
Se os dados vieram abaixo das expectativas, poderão mudar a direção das bolsas globais e das taxas de câmbio – que já precificaram a mensagem do Fed de que a economia dos EUA está no caminho correto.
Bons dados devem adicionar uma camada de otimismo a uma semana marcada por balanços considerados resilientes de empresas americanas e avanços pontuais nas negociações entre China e Estados Unidos. As ações chinesas estão no maior valor em três meses, e voltaram a subir nesta sexta-feira. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também estão perto das máximas históricas, assim como no Brasil.