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Nyse quer ampliar sua atuação no Brasil

São Paulo - A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) pretende estreitar suas relações com o mercado de capitais brasileiro, especialmente por meio de fornecimento de tecnologia para bolsas de valores, mas não descarta a possibilidade de comprar uma participação na BM&FBovespa. Segundo o diretor de operações da Nyse, Lawrence Leibowitz, a bolsa norte-americana […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) pretende estreitar suas relações com o mercado de capitais brasileiro, especialmente por meio de fornecimento de tecnologia para bolsas de valores, mas não descarta a possibilidade de comprar uma participação na BM&FBovespa.

Segundo o diretor de operações da Nyse, Lawrence Leibowitz, a bolsa norte-americana e a brasileira sempre conversam sobre diferentes possibilidades, como troca de conhecimentos, tecnologia ou um possível investimento na BM&FBovespa. "Estamos abertos a comprar uma fatia se fizer sentido", afirmou.

Ele lembrou que isso também dependerá da aprovação da Bolsa de Chicago (CME), que participa no conselho de administração da BM&FBovespa. O executivo destacou que no momento não existe uma negociação concreta sobre o assunto e que o principal foco atualmente está em tecnologia. Segundo ele, a fusão na Nyse com a Euronext aumentou a capacidade tecnológica da bolsa americana nos últimos anos.

Em entrevista à imprensa, Leibowitz afirmou que a intenção da NYSE não é competir com as bolsas locais da América Latina, mas oferecer outras opções para os investidores. Segundo ele, o mercado brasileiro de ações tem potencial para crescimento devido à expansão da economia, mas isso dependerá de um processo de educação dos investidores pessoa física, da redução dos custos para investir e do aumento da renda. "Leva tempo até que os indivíduos entendam e acreditem no mercado de ações", disse.

Questionado sobre a reforma do sistema financeiro defendida pelo presidente norte-americano Barack Obama, o diretor afirmou que vê a iniciativa com bons olhos porque acredita em um mercado "justo e transparente"e com menores riscos. Em sua opinião, os Estados Unidos têm lições para aprender de países emergentes como o Brasil, onde a regulação é mais conservadora e a alavancagem dos bancos é menor.

De acordo com Leibowitz, a forte volatilidade registrada nos mercados em 6 de maio deste ano poderia ter sido amenizada se todos os sistemas de negociações de ações nos Estados Unidos contassem com o mecanismo de circuit breaker, que inibe movimentos bruscos de mercado.

Segundo ele, a Nyse já conta com este mecanismo, mas outros sistemas eletrônicos o adotarão a partir da semana que vem, enquanto a Nasdaq deve adotá-lo no terceiro trimestre. O executivo afirmou que, até o momento, não foi constatado nenhum evento isolado que tenha derrubado as Bolsas e que o movimento foi causado pelo nervosismo da Europa que fragilizou os mercados. Atualmente, 28 das 29 empresas brasileiras listadas nos Estados Unidos estão na Nyse.

 

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