Nova York - As operadoras da Bolsa de Nova York, NYSE Euronext, e a de Frankfurt, Deutsche Börse (DB), adiaram para o próximo dia 31 de março a data limite para a conclusão de sua fusão no valor de US$ 9 bilhões, que criará a maior praça financeira do mundo.

De acordo com os documentos apresentados nesta quarta-feira à Comissão da Bolsa de Valores (SEC, na sigla em inglês), ambas companhias pedem a extensão da data limite, o que acontece enquanto as autoridades reguladoras europeias seguem estudando se darão o sinal verde à transação.

Na semana passada, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos autorizou a fusão, mas com a condição de que a filial da DB, International Securities Exchange Holdings (ISE), venda sua participação de 31,5% na americana Direct Edge Holdings em um prazo de dois anos.

A divisão antimonopólio desse departamento considerou então que 'a transação, tal como foi proposta originalmente, poderia diminuir a concorrência para determinados serviços das bolsas de valores', inclusive os produtos relacionados com a troca de dados sobre valores nos EUA, e por isso implementou essas restrições.

Enquanto isso, as operadoras dos pregões de Nova York e Frankfurt estão à espera que a Comissão Europeia resolva antes de fevereiro se permite ou não a fusão após colocá-la sob investigação, alegando que 'daria à companhia fusionada uma ampla posição de liderança no mercado de derivados na Europa'.

Os impedimentos postos pelas autoridades reguladoras do Velho Continente levaram a NYSE e Deutsche Börse a oferecer, no último dia 18 de novembro, várias concessões em troca da aprovação da fusão pela Comissão, como a venda de parte de seu negócio de derivados na Europa.

Segundo os termos do acordo de fusão, a empresa combinada obteria uma fração de mercado na negociação de derivados de 40% nos EUA e de 95% na Europa.

O pacto entre ambas operadoras supõe que a Deutsche Börse incorpore todos os títulos de NYSE Euronext e crie uma nova companhia da qual a sociedade gerente da Bolsa de Frankfurt terá 60%, enquanto a do pregão nova-iorquino ficará com os 40% restantes.

Com um valor de mercado de US$ 7,4 bilhões de euros e sete mil empregados, a empresa combinada se transformará na maior bolsa do mundo por faturamento, lucro e valor de mercado, com sua sede jurídica em Amsterdã. EFE