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Bolsas de NY tendem a abrir em alta com números de emprego

Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,97%, o Nasdaq ganhava 0,86% e o S&P 500 avançava 1,05%


	Um operador examina gráfico em sua tela na bolsa de Nova York pouco depois da abertura do mercado
 (Lucas Jackson/Reuters)

Um operador examina gráfico em sua tela na bolsa de Nova York pouco depois da abertura do mercado (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 12h23.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura em alta das bolsas norte-americanas nesta sexta-feira, 6. Os números melhores do que o esperado do relatório de emprego sinalizam economia mais aquecida em novembro e são um indício de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) pode mudar sua política monetária ainda este mês. Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,97%, o Nasdaq ganhava 0,86% e o S&P 500 avançava 1,05%.

Os índices futuros subiam mesmo antes do relatório de emprego ser divulgado, num movimento de recuperação das perdas dos pregões anteriores. Ao contrário do esperado, o número mais forte que o previsto do relatório de emprego (payroll) não mudou essa trajetória, embora os índices tenham desacelerado um pouco a alta logo após o anúncio, mas voltaram a acelerar os ganhos pouco depois.

O Departamento de Trabalho divulgou na manhã de hoje a criação de 203 mil vagas em novembro. A expectativa dos economistas era de anúncio de 180 mil postos. Além disso, a taxa de desemprego caiu de 7,3% em outubro para 7%, também melhor que o esperado, pois a expectativa era que ficasse em 7,2%. É o menor nível desde novembro de 2008.

Depois do payroll, as atenções se voltam agora para o discurso de dois dirigentes do Fed. O responsável pelo Fed da Filadélfia, Charles Plosser, que não vota este ano no Fomc, mas terá este poder em 2014, já deu declarações após o anúncio do relatório e o classificou de "bem positivo" e que é tempo de "graciosamente" reduzir as compras de ativos.

Em meados de novembro Plosser já tinha declarado que não havia motivos para a redução das compras mensais de ativos não começar em dezembro e ainda frisou que o Fed perdeu uma excelente oportunidade de não ter feito isso em setembro.

À tarde, quem se apresenta é o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans. Ele tem poder de voto este ano nas reuniões do Fomc, mas não em 2014, e é defensor da política de acomodação monetária. No mês passado, Evans afirmou que a economia precisaria estar "plenamente recuperada" antes de o Fed começar a reduzir as compras de ativos e que o mercado de trabalho ainda não crescia de forma "substancial".

A análise inicial do payroll é que aumentam as chances de o Fed mudar a política monetária na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Uma pesquisa citada em um relatório do Standard Bank mostra que, até no começo da semana, apenas 15% dos economistas de Wall Street esperavam redução das compras de ativos em dezembro. Agora, o banco acredita que esse porcentual pode subir.

Mesmo com os bons indicadores recentes e a melhora do mercado de trabalho, há quem aposte que a mudança da política monetária ficará a cargo da nova presidente do Fed, Janet Yellen. O economista do banco Standard Chartered, Daniel Tenengauzer, acha que a redução das compras de ativos só acontece algum tempo depois que Yellen assumir o banco central e estiver mais segura do funcionamento do Fed e da recuperação da economia. Por isso, ele não prevê mudanças na reunião deste mês.

Ainda na agenda do dia, após a abertura do mercado será divulgada a primeira leitura de dezembro do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. A expectativa da equipe de economistas do BMO Capital Markets é de melhora do indicador, para 77, depois de ficar em 75,1 em novembro. Um dos fatores que deve contribuir para a alta são os níveis recordes das bolsas, o que aumenta a riqueza das famílias.

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