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Setor de alimentos puxa alta das bolsas em Nova York

Estrategista de mercado global do J.P Morgan Funds explicou que o mercado está focado em dados mais recentes que mostram sinais de recuperação nos EUA


	NYSE: noticiário corporativo foi movimentado por possível nova aquisição no setor de alimentos
 (Getty Images)

NYSE: noticiário corporativo foi movimentado por possível nova aquisição no setor de alimentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 18h33.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam nas máximas nesta quinta-feira, se recuperando das perdas de ontem.

Investidores ignoraram a contração da economia norte-americana no primeiro trimestre e preferiram se concentrar no número menor do que o previsto de pedidos de auxílio-desemprego e em notícias de uma possível consolidação na indústria de alimentos.

O Dow Jones fechou em alta de 65,56 pontos (0,39%), aos 16.698,74 pontos; o Nasdaq avançou 22,87 pontos (0,54%) e terminou o dia aos 4.247,95 pontos; enquanto o S&P 500 ganhou 10,25 pontos (0,54%), encerrando aos 1.920,03 pontos, no 13º recorde histórico atingido em 2014.

De acordo com o Departamento do Comércio norte-americano, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou a uma taxa anual de 1,0% entre janeiro e março.

Esse foi o primeira recuo do indicador desde o primeiro trimestre de 2011.

Investidores, entretanto, afirmaram que o dado apenas reiterou o que já se sabia: que a economia estava lenta nos primeiros três meses de 2014, em grande parte, por causa do inverno rigoroso.

Operadores assinalaram que o número pode fazer pouco para mudar a trajetória da política monetária do Federal Reserve, que está reduzindo suas compras de títulos, mas mantém o compromisso de deixar as taxas de juros baixas por um período prolongado.

"Os volumes de negócio estão além do anêmico", disse Dave Rovelli, diretor-gerente de negociação de ações da Canaccord Genuity.

"Não há nenhuma razão para vender ações se o Fed vai estar do seu lado."

Anastasia Amoroso, estrategista de mercado global do J.P Morgan Funds, explicou que o mercado está focado em dados mais recentes que mostram sinais de recuperação nos EUA.

O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu mais do que o previsto na semana encerrada em 24 de maio, para 300 mil, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA.

"A tendência está começando a se reverter e, apesar de tudo, os dados estão indicando um segundo trimestre mais forte", salientou Anastasia.

O noticiário corporativo foi movimentado pela possibilidade de uma nova aquisição no setor de alimentos.

A Tyson Foods subiu 6,13%, depois de entrar na disputa pela Hillshire Brands (+17,73%), com uma proposta de em torno de US$ 6,1 bilhões.

A oferta foi anunciada dois dias após a Pilgrim's Pride (-1,14%) ter feito uma proposta pela Hillshire de cerca de US$ 5,5 bilhões.

A Apple subiu 1,82% depois de ter confirmado ontem que comprará a fabricante de fones de ouvido e software de áudio Beats Electronics e o serviço de música por streaming Beats Music por US$ 3 bilhões.

A atacadista Costco Wholesale caiu 0,09%, após o lucro trimestral ter ficado abaixo da expectativa.

Por outro lado, a Abercrombie & Fitch subiu 5,75%, com prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre de 2013.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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