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NY deve encurtar pregão antes do Dia da Independência

A crise em Portugal, dados fracos no setor de serviços da China e a situação tensa no Egito inquietam os investidores em Wall Street


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,13%, o Nasdaq recuava 0,24% e o S&P 500 tinha baixa de 0,36%
 (REUTERS/Lucas Jackson)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,13%, o Nasdaq recuava 0,24% e o S&P 500 tinha baixa de 0,36% (REUTERS/Lucas Jackson)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 11h46.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar a quarta-feira - que terá pregão mais curto por conta do feriado do Dia da Independência amanhã - em baixa, sinalizam os índices futuros. Em dia cheio de indicadores nos Estados Unidos, as atenções também estão voltadas para o mercado externo.

A crise em Portugal, dados fracos no setor de serviços da China e a situação tensa no Egito inquietam os investidores em Wall Street e provocam aumento da aversão ao risco. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,13%, o Nasdaq recuava 0,24% e o S&P 500 tinha baixa de 0,36%.

Por conta do feriado amanhã, o anúncio de indicadores previstos para quinta-feira foi antecipado para hoje e nesta manhã foram divulgadas três estatísticas do mercado de trabalho, que ajudaram a atenuar um pouco as perdas provocadas pelas notícias externas.

Pedidos de auxílio desemprego, o relatório ADP de criação de vagas do setor privado e o boletim da consultoria Challenger, Gray & Christmas sobre demissões corporativas antecedem e ajudam a dar pistas sobre como virá o indicador mais esperado, o relatório de emprego (payroll) do Departamento de Trabalho, que sai na sexta-feira.

Os pedidos de auxílio-desemprego recuaram para 343 mil na semana encerrada em 29 de junho. A expectativa dos analistas era de que viessem em 346 mil. Já o relatório ADP surpreendeu e mostrou a criação de 188 mil vagas no setor privado em junho, acima da expectativa dos economistas, que previam 160 mil.

Ainda sobre o mercado de recursos humanos, a consultoria Challenger, Gray & Christmas informou que as demissões nos EUA em junho subiram 8,2% e somaram 39,4 mil. Foi a primeira alta após três meses seguidos de queda.

O economista-chefe do Deutsche Bank, Joseph LaVorgna, destaca que o relatório ADP tem uma diferença histórica entre o payroll de 62 mil postos de trabalho, para cima ou para baixo. Mesmo após o ADP surpreender hoje, ele projeta a criação de 155 mil vagas no payroll que será divulgado na sexta-feira, nível abaixo dos 175 mil de maio.


Mesmo assim, o economista mantém a previsão de que o Federal Reserve vai reduzir seus estímulos monetários em setembro, na medida em que faltariam dois relatórios de emprego para serem divulgados e, em casos recentes, números passados estão sendo revisados para cima. Ou seja, uma chance a mais para que as estatísticas melhorem até setembro.

Além dos dados de emprego, foi divulgado o saldo da balança comercial de maio, que mostrou piora acima do esperado. O déficit ficou em US$ 45,03 bilhões.

A previsão era de que o número ficasse negativo em US$ 40 bilhões. Após a abertura do mercado, às 11h (de Brasília), será divulgado o índice ISM (gerentes de compras) de atividade do setor de serviços de junho. A expectativa é que ele fique em 54,2, acima dos 53,7 de maio.

O indicador é mais uma estatística que os economistas tomam como base para os cálculos das projeções mais precisas do payroll, pois o ISM de serviços mostra como está o nível de emprego no segmento que mais anda criando empregos nos EUA.

Beata Caranci, economista da TD Economics destaca que, anteontem, o ISM do setor industrial já mostrou que o emprego não anda bem no segmento, o que aumentou a expectativa para o número de hoje. O subíndice de emprego do ISM da indústria declinou para 48,7 em junho, de 50,1 em maio. Pela metodologia do ISM, números abaixo de 50 indicam contração.

No mercado externo, a renúncia do segundo ministro em Portugal esta semana e os rumores de que novas baixas vão acontecer no governo nas próximas horas provocam estresse nas bolsas europeias.

A crise em Lisboa se soma ao aumento da tensão no Egito nesta quarta-feira, quando vence o prazo dado pelas Forças Armadas para que o presidente Mohamed Morsi divida o poder com a oposição, que tem feito enormes protestos nas ruas. Morsi já falou que não vai ceder.

Na China, mais um indicador mostrou enfraquecimento da economia. O índice de atividade dos gerente de compras do setor de serviços desacelerou em junho para 53,9, de 54,3 em maio.

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