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NY deve abrir queda após PIB bom e balanços ruins

Balanços corporativos decepcionantes pressionam os índices acionários


	Economia norte-americana cresceu mais do que o esperado no terceiro trimestre, sustentada pela elevação nos gastos dos consumidores e do governo
 (Mario Tama/ Getty Images)

Economia norte-americana cresceu mais do que o esperado no terceiro trimestre, sustentada pela elevação nos gastos dos consumidores e do governo (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 10h54.

As bolsas de Nova York devem abrir em ligeira queda nesta sexta-feira, mesmo após a divulgação do PIB dos EUA no terceiro trimestre, que superou as expectativas dos analistas. Balanços corporativos decepcionantes pressionam os índices acionários.

A economia norte-americana cresceu mais do que o esperado no terceiro trimestre, sustentada pela elevação nos gastos dos consumidores e do governo e a melhora do setor imobiliário residencial. O PIB dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,0% entre julho e setembro, de acordo com a primeira estimativa do Departamento do Comércio. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam uma expansão menor, de 1,8%.

A produção econômica está em expansão há 13 trimestres consecutivos, que cobrem praticamente todo o mandato de Barack Obama, com exceção dos primeiros meses. O ritmo de expansão, no entanto, tem sido fraco. No segundo trimestre, o PIB teve alta de apenas 1,3%.

Em outros lugares do mundo, o PIB da Coreia do Sul cresceu 0,2% no terceiro trimestre, em comparação com o segundo - o menor crescimento desde o quarto trimestre de 2009. A Espanha, por sua vez, registrou um aumento na taxa de desemprego para 25,02% no terceiro trimestre, ante 24,63% no segundo trimestre. Além de ser a mais alta taxa de desemprego da zona do euro, o índice bateu um novo recorde histórico.

Um alívio veio da Alemanha, onde o sentimento do consumidor sobre as perspectivas econômicas saltou para 6,3 pontos para novembro, seu mais alto índice em cinco anos, a partir de uma revisão para cima de 6,1 pontos para outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo instituto GfK. Os economistas pesquisados pela Dow Jones esperavam uma leitura mais baixa, de 5,9.

No noticiário corporativo, as ações da Apple perdiam 0,09% no pré-mercado da Bolsa de Nova York. Na quinta-feira após o fechamento das bolsas, a companhia divulgou que teve um aumento de 24% no lucro líquido do quarto trimestre fiscal, encerrado em 29 de setembro, para US$ 8,22 bilhões (US$ 7,05 por ação). A receita aumentou 27%, para US$ 35,97 bilhões. Mas os analistas de Wall Street esperavam lucro de US$ 8,84 por ação e receita de US$ 35,86 bilhões.

Já a Amazon.com, maior varejista online do mundo, divulgou na quinta-feira um prejuízo de US$ 274 milhões no terceiro trimestre, de US$ 0,60 por ação. O prejuízo foi muito pior do que as previsões dos analistas, que esperavam perda de US$ 0,08 por ação. No pré-mercado desta sexta-feira as ações subiam 2,52%, após fortes perdas na quinta no after hours.

As ações da Merck caíam 0,65%, mesmo após a farmacêutica reportar lucro de US$ 1,73 bilhão (US$ 0,56 por ação) no terceiro trimestre, uma alta de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, que superou as estimativas. Analistas se preocupam com o fato da companhia ter perdido a patente do medicamento Singulair, que reduziu as receitas. As informações são da Dow Jones.

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