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Nvidia, vendas do varejo americano e discurso de Powell: o que move o mercado

Presidente americano Donald Trump anunciou que vai proibir a empresa de vender seus chips H20 para a China

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 16 de abril de 2025 às 07h56.

Os mercados globais amanhecem nesta quarta-feira, 16, com forte queda das ações da Nvidia, que recuam 5,85% no pré-mercado em Nova York, cotadas a US$ 105,64 por volta das 7h40 (horário de Brasília). O movimento vem após o presidente Donald Trump anunciar que vai proibir a empresa de vender seus chips H20 para a China, em mais um capítulo da escalada comercial entre Washington e Pequim.

A medida deve custar cerca de US$ 5,5 bilhões à fabricante de semicondutores no próximo trimestre, segundo a própria Nvidia. O mercado reage com cautela diante dos impactos esperados para o setor de tecnologia e para a relação comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A tensão geopolítica ofuscou o dado positivo da economia chinesa, que cresceu 5,4% no primeiro trimestre, superando a projeção de 5,1%. O número foi divulgado na noite de ontem.

No radar

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham uma agenda cheia de indicadores. Às 9h30, saem os dados de vendas no varejo de março. Mais tarde, às 14h15, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursa em evento.

No Brasil, o destaque da manhã fica com a divulgação do IGP-M (2ª prévia de abril) e do IPC-S semanal pela FGV, às 8h. À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa Sem Censura, na TV Brasil, às 16h.

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,91%. No Japão, o Nikkei 225 caiu 1,01%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, teve baixa de 1,21%. Na contramão, o CSI 300, da China, subiu 0,31%, impulsionado pelo crescimento acima do esperado do PIB no primeiro trimestre.

Na Europa, os índices também operam no vermelho. O Stoxx 600 recuava 0,7% por volta das 7h10 (horário de Brasília), após duas sessões de alta. As ações da empresa de semicondutores ASML caíam 4,67%, após a empresa divulgar dados fracos de encomendas e citar incertezas sobre o comércio com os EUA.

Nos EUA, os futuros de ações apontam queda. O S&P 500 recuava 0,6%, o Nasdaq 100 caía 1,3%, e o Dow Jones tinha baixa de 0,1%.

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