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Nvidia revela mais produtos de IA para aproveitar rali

Empresa busca capitalizar um rali que converteu a fabricante de chips na mais valiosa companhia do setor no mundo

Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia (Mandel Ngan/Getty Images)

Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia (Mandel Ngan/Getty Images)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2023 às 16h24.

Última atualização em 29 de maio de 2023 às 17h13.

Em uma apresentação de 2 horas em Taiwan, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou um novo lote de produtos e serviços relacionados à inteligência artificial, aproveitando para capitalizar um rali que converteu sua empresa na fabricante de chips mais valiosa do mundo.

A ampla linha inclui um novo design de robótica, recursos para jogos, serviços de publicidade e uma tecnologia de rede. Talvez como o produto mais importante para suas ambições, Huang revelou uma plataforma de supercomputadores de IA chamada DGX GH200, com foco em ajudar empresas de tecnologia a criar sucessores para o ChatGPT. Microsoft, Meta Platforms e Google, da Alphabet, devem ser os primeiros usuários.

“É muita coisa”, disse Huang, de 60 anos, perto do final de sua palestra no evento da Computex. “Eu sei que é muita coisa.”

A enxurrada de anúncios ressalta a migração da Nvidia de uma fabricante de chips gráficos de computador para uma empresa no centro do “boom” da inteligência artificial. Na semana passada, Huang divulgou uma previsão de vendas impressionante para o trimestre atual – quase US$ 4 bilhões acima das estimativas dos analistas – impulsionada pela demanda por chips de data centers que processam tarefas de IA. A estimativa elevou o preço da ação para um recorde e colocou a Nvidia perto de uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão – a primeira com esse valor na indústria de chips.

Na apresentação desta segunda-feira, Huang argumentou que a arquitetura tradicional da indústria de tecnologia já não avança rápido o suficiente para acompanhar tarefas complexas de computação. Para aproveitar todo o potencial da IA, os clientes se voltam cada vez mais para unidades de computação acelerada e processamento gráfico, ou GPUs, como as fabricadas pela Nvidia.

“Chegamos ao ponto de inflexão de uma nova era da computação”, disse Huang, enquanto caminhava pelo palco com uma jaqueta de couro, sua marca registrada.

Novidades da Nvidia

Huang também mostrou o impressionante potencial da IA generativa para receber entradas na forma de palavras e depois exibir outras mídias. Em um exemplo, pediu música para combinar com o humor no início da manhã. Em outro, expôs algumas letras de música e usou IA para transformar a ideia em uma canção pop animada. “Todo mundo é um criador agora”, disse.

Huang anunciou uma parceria entre a Nvidia e a WPP para usar IA e o metaverso com o objetivo de reduzir o custo de produção de publicidade. Também lançou uma oferta de rede desenvolvida para turbinar a velocidade das informações nos data centers. E a empresa até estuda mudar a forma como as pessoas interagem com videogames: um serviço chamado Nvidia ACE for Games vai usar IA para dar vida aos personagens de fundo e mais personalidade.

Huang também revelou uma plataforma de robótica que, segundo ele, visa ajudar a Nvidia a se expandir em setores além da tecnologia. É um projeto de referência que pretende auxiliar outras empresas a construir seus próprios robôs para uso em diversas atividades. Na indústria pesada, por exemplo, o executivo vê oportunidades no uso de robôs em fábricas e armazéns.

O computador DGX é outra tentativa de manter operadores de data centers dependentes dos produtos da Nvidia. Microsoft, Google e rivais se apressam para desenvolver serviços semelhantes ao chatbot ChatGPT da OpenAI. E isso requer muita potência de computação. Para satisfazer essa demanda, a Nvidia agora oferece equipamentos para data centers e desenvolve seus próprios supercomputadores que os clientes possam usar. Isso inclui dois novos supercomputadores em Taiwan, disse a empresa.

Um dos maiores gargalos da IA é a velocidade com que os dados se movem nos data centers. O Spectrum X da Nvidia, um sistema de rede que usa tecnologia adquirida na compra da Mellanox Technologies em 2020, resolverá esse problema. E a companhia desenvolve atualmente um data center em Israel para demonstrar sua eficácia.

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