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Nvidia nega participação em possível consórcio para compra da Intel

A operação permitiria que TSMC administrasse a divisão de fundição da Intel

Intel passa por um momento crítico: registrou prejuízo líquido de US$ 18,8 bilhões no quarto trimestre de 2024 (Reuters/Reuters)

Intel passa por um momento crítico: registrou prejuízo líquido de US$ 18,8 bilhões no quarto trimestre de 2024 (Reuters/Reuters)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 19 de março de 2025 às 21h03.

Última atualização em 19 de março de 2025 às 21h04.

A Nvidia afirmou nesta quarta-feira, 19, que não está envolvida em nenhuma negociação em andamento com a TSMC sobre uma possível compra da Intel.

A Reuters informou no início deste mês que a TSMC, maior fabricante de chips do mundo, apresentou planos de uma joint venture para a Nvidia e outras grandes empresas americanas do setor.]

A operação permitiria que a empresa taiwanesa administrasse a divisão de fundição da Intel, ao mesmo tempo que acrescentaria mais capacidade para fabricar semicondutores para seus clientes nos EUA.“Não sei de onde veio isso, mas ninguém nos convidou para um consórcio”, disse Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, a repórteres em uma sessão de coletiva de imprensa nesta quarta.

O novo CEO da Intel já tem uma missão: ser mais TSMC

O novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, sinalizou que irá continuar a seguir o caminho de seu antecessor, Pat Gelsinger, no plano de tornar a companhia uma fundição de chips que atende clientes externos, e não apenas a si própria. A indicação veio em um e-mail do CEO direcionada aos funcionários da Intel e publicado no site nesta quarta-feira, 12.

"Juntos, trabalharemos duro para restaurar a posição da Intel como uma empresa de produtos de classe mundial, estabelecer-nos como uma fundição de classe mundial e encantar nossos clientes como nunca", escreveu. A divisão de fundição da Intel tem sido um pilar fundamental para seu esforço de revitalização.

A Intel anunciou Tan como o novo diretor-presidente na quarta para substituir Gelsinger. Tan começa no cargo a partir de 18 de março. Ele fazia parte do conselho de administração e tem mais de 20 anos de experiência no setor de semicondutores e software.

O CEO assume em um momento crítico da empresa, que registrou prejuízo líquido de US$ 18,8 bilhões no quarto trimestre de 2024. Segundo a Bloomberg, a estratégia de se tornar uma fundição global tem custado caro para a companhia e contribuiu para a destituição de Gelsinger após quatro anos como CEO.

A manutenção da estratégia significa tentar competir com a gigante Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) pelo mercado de semicondutores, enquanto a Intel passou a maior parte de sua história construindo chips para si mesma.

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