Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset Management em evento do Credit Suisse em São Paulo antes da pandemia | Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg (Patricia Monteiro/Bloomberg)
Repórter
Publicado em 12 de março de 2024 às 13h55.
A Verde Asset, do gestor Luis Stuhlberger, decidiu reduzir suas posições em setores cíclicos da economia global e aumentar as apostas no setor de tecnologia. Segundo a gestora, o resultado acima do esperado da Nvidia e o "guidance robusto" pesaram na decisão.
A gigante de chips para processadores de inteligência artificial apresentou no quarto trimestre um lucro líquido de US$ 12,28 bilhões, 779% superior ao do mesmo período de 2022. A companhia ainda afirmou que deverá bater R$ 24 bilhões de receita, acima da expectativa do mercado.
O bom momento da companhia tem se refletido no preço da ação, que, somente neste ano, já beira 100%. Desde março do ano passado, os papéis da Nvidia dispararam 275%.
O sucesso da inteligência artificial, inclusive, é citado pela Verde como um dos motivos para permanecerem comprados nas bolsas globais.
No Brasil, a gestora tem aproveitado o recente movimento de baixa para aumentar as posições em empresas em que tem "grande confiança na entrega operacional e que apresentam assimetrias positivas, com taxas internas de retorno real de 2 dígitos".
"Apesar de toda análise mais simplificada esconder suas fragilidades, de maneira geral a bolsa brasileira está descontada versus seu próprio histórico, versus
outras bolsas de países emergentes e mesmo versus o valor justo dos seus ativos ponderados", afirma a Verde em carta a investidores.
As maiores posições da Verde no mercado local são em ações da Suzano, Rumo, Sabesp e XP.