Nvidia: valor de mercado da empresa já soma quase US$ 4,5 trilhões (Antonio Bordunovi/Getty Images)
Repórter
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 10h03.
A Nvidia (NVDA) operava em queda no pré-mercado dos Estados Unidos nesta sexta-feira, 17. Às 9h58, no horário de Brasília, as ações da fabricante de chips caiam 1,08%.
O movimento reflete não apenas a incerteza generalizada do mercado, mas também a intensificação das tensões entre os fabricantes de chips dos Estados Unidos e a China, o que afetam negativamente o desempenho das ações da gigante de tecnologia.
As ações da Nvidia registraram uma queda de 2,8% nesta manhã antes de reduzir as perdas, negociadas a US$ 176,66, após a valorização de 1,1% observada no pregão anterior, em linha com a tendência mais ampla do mercado, que também operava em território negativo, com os futuros do S&P 500 caindo 1,4%.
O recuo do índice é impulsionado, em grande parte, pela crescente preocupação com a instabilidade no setor bancário, especialmente no que diz respeito aos bancos regionais, que têm enfrentado uma pressão significativa nos últimos dias.
A pressão sobre a Nvidia também é compartilhada por outras empresas do setor de semicondutores.
A Advanced Micro Devices (AMD), por exemplo, estava registrando uma queda de 3,4%, enquanto a Broadcom (AVGO) tinha uma redução de 2,7% nas negociações antes da abertura do mercado.
Um dos fatores que tem gerado esse pessimismo no setor de chips é o agravamento das relações comerciais entre os dois países, especialmente no setor de tecnologia.
A Micron Technology (MU), uma das principais fabricantes de chips de memória, recentemente anunciou que interromperá o fornecimento de chips para servidores em centros de dados chineses.
A decisão ocorre após a imposição de uma proibição por parte do governo chinês, que proibiu o uso dos produtos da Micron em infraestruturas críticas do país.
A medida é mais um episódio da crescente hostilidade entre os EUA e a China, com ambos os países se envolvendo em um conflito tecnológico cada vez mais intenso, afetando principalmente as empresas do setor de semicondutores.