Pierre Schurmann, fundador da Nuvini: holding brasileira de SaaS estará listada na Nasdaq na próxima segunda-feira (Nuvini/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 29 de setembro de 2023 às 12h46.
Última atualização em 29 de setembro de 2023 às 13h07.
Mais uma empresa brasileira fez a sua oferta pública de ações (IPO) na bolsa de Nova York. Com um valuation de US$ 235 milhões, a Nuvini concluiu nesta sexta-feira, 29, a sua combinação de negócios com a Mercato Partners, em uma Special Purpose Acquisition Company (SPAC). A empresa de software as a service (SaaS) deve captar US$ 60 milhões com a operação.
A partir do fechamento desta sexta, a holding assumirá o lugar da sua parceira e estará listada na Nasdaq sob os tickers de ações "NVNI" e de warrants "NVNIW". Por volta das 12h30 (horário de Brasília), ainda sob a titularidade da Marcato, os papéis eram cotados a US$ 9,79 e US$ 10,66, respectivamente.
Mas, afinal, por que o IPO aconteceu na Nasdaq e não no Ibovespa? Segundo o fundador, Pierre Schurmann, embora a holding seja brasileira, o objetivo é expandir a atuação para além das nossas fronteiras. “Temos em vista ampliar a nossa atuação na América Latina, sobretudo para países como México e Colômbia. Com o valor que iremos captar, seguiremos comprando e desenvolvendo empreendimentos de tecnologia pela região”, diz o executivo.
Leia mais:
O foco de atuação da Nuvini é adquirir empresas de software nos mercados de SaaS com potencial de crescimento. Atualmente, os negócios estão concentrados no solo brasileiro, com um portfólio composto por sete empresas: leadlovers, Ipê Digital, Effecti, Datahub, Onclick, Mercos e SmartNX. “Estamos em negociação com outras 17 do Brasil, que devem ser concluídas nos próximos meses. Para o segundo semestre do ano que vem, já poderemos ter companhias de outros países latinos conosco.”
Quem acompanha o mundo das startups observou o boom das rodadas de investimentos ocorridos entre 2020 e 2021, e o declínio desses aportes do ano passado para cá. Embora o IPO da Nuvini ocorra neste momento, a abertura de capital não é uma forma de driblar esse momento - embora contribua de maneira positiva.
“Queríamos buscar capital disponível e o movimento acontece agora, pois o mercado está em baixa. Estamos com potencial para surfar a subida da maré e fazer isso com liquidez”, afirma Schurmann.