BTG Pactual e Itaú BBA elevaram recomendação para o banco (Brendan McDermid/Reuters)
Repórter de negócios e finanças
Publicado em 19 de agosto de 2025 às 10h42.
Após a divulgação dos últimos resultados da Nu Holdings (ROXO34), tanto o Itaú BBA quanto o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME) elevaram suas recomendações para as ações da dona do Nubank, listadas em Nova York, passando de "neutra" para "outperform" (equivalente a compra). O movimento reflete uma mudança significativa na percepção dos analistas, que passaram a ver um potencial maior de valorização para a companhia, agora com sinais mais claros de recuperação e crescimento sustentado.
Os dois times de analistas destacaram a melhora da rentabilidade do Nubank e a diversificação de suas fontes de receita como fatores-chave para o upgrade nas recomendações. Além disso, o foco na expansão para mercados como o México e um portfólio de produtos em crescimento, aumentou a confiança dos analistas de que o banco está em um caminho mais sólido e promissor.
O BTG Pactual (BPAC11), que havia sido mais cauteloso com o Nubank num passado recente, devido à desaceleração de produtos core, como o financiamento via PIX e os cartões de crédito, vinha se mostrando mais otimista com o ativo desde o começo deste ano. Segundo os analistas, os números do segundo trimestre confirmaram esse sentimento.
O banco agora prevê uma trajetória de crescimento mais robusta, puxada, principalmente, por um aumento na emissão de empréstimos pessoais, no volume total de pagamentos (TPV) com cartões de crédito e pelo ganho de tração no mercado mexicano.
A expansão para novos mercados, aliada à melhora nos principais indicadores financeiros, consolidou a visão positiva sobre as ações da Nu Holdings. A partir dos números do segundo trimestre, o banco passou a esperar um crescimento de 32% nos lucros da companhia em 2025 e uma consistência de crescimento no longo prazo.
O Itaú BBA também elevou sua avaliação para os papéis da dona do Nubank, destacando uma melhora de percepção do impacto macroeconômico sobre os empréstimos do banco, estabilidade na qualidade do crédito e a expectativa de um crescimento de TPV de cartões.
Os analistas da casa destacaram a melhora nas métricas de rentabilidade e o aumento das receitas, que fortaleceram a confiança na sustentabilidade do crescimento da empresa. Esse movimento de revisão das estimativas é acompanhado de uma visão mais positiva sobre a capacidade do Nubank de manter sua trajetória de crescimento, mesmo em um cenário econômico ainda instável no Brasil.
Vale lembrar que no passado, o Itaú BBA havia reduzido a recomendação das ações da Nubank devido a preocupações com o impacto da desaceleração do crescimento e a incerteza no cenário econômico. Porém, com a melhora dos resultados e a execução mais eficaz de sua estratégia, a casa revisitou suas projeções para o ativo. Assim, o potencial de valorização e o crescimento mais sustentável levaram ambas as casas a elevar a recomendação para outperform, com preço-alvo de US$ 18.