A fintech, que tem participação do Advent International e da Tencent, é um raro unicórnio de tecnologia com uma mulher entre os fundadores: Cristina Junqueira (Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 12 de agosto de 2021 às 09h02.
O Nubank, que tem entre seus acionistas a Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, está planejando fazer sua oferta pública inicial de ações de mais de US$ 2 bilhões no último trimestre do ano na Nasdaq, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
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A empresa pretende ser avaliada em mais de US$ 40 bilhões, disseram as pessoas, pedindo para não ser identificadas, pois a transação ainda não é pública. As conversas estão em andamento e detalhes ainda podem mudar. Os bancos que lideram o IPO incluem Morgan Stanley, Goldman Sachs, Citigroup e UBS, disseram as pessoas. Nubank, UBS, Citi, Morgan Stanley e Goldman Sachs não quiseram comentar.
Para comparação, o Itaú, maior banco da América Latina, tem valor de mercado de cerca de US$ 55 bilhões. Em junho, a Berkshire comprou uma participação de US$ 500 milhões no Nubank, o maior banco digital independente do mundo, avaliando a fintech em US$ 30 bilhões, disseram as pessoas na época. Na rodada de 2019, a fintech foi avaliada em US$ 10,4 bilhões. Hoje, o Nubank tem mais de 40 milhões de clientes.
A fintech, que tem participação do Advent International e da Tencent, é um raro unicórnio de tecnologia com uma mulher entre os fundadores: Cristina Junqueira. Ela se juntou a David Vélez, um veterano do private equity, e a Edward Wible para lançar o Nubank em 2013, começando com um cartão de crédito sem taxas e sem burocracia, e hoje oferece outros serviços bancários online.
A rodada de investimentos mais recente recebida pela empresa, que inclui o aporte da Berkshire e do Sands Capital, totalizou US$ 1,15 bilhão, de acordo com a empresa. Os recursos vão ajudar a fintech em sua expansão em outros países da América Latina, incluindo México e Colômbia.
No Brasil, o Nubank comprou recentemente a corretora de varejo Easynvest, que tem 1,6 milhão de clientes e cerca de US$ 5 bilhões sob custódia, e está entrando nos mercados de gestão de recursos de terceiros.