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CVM vai priorizar acesso de empresas menores ao mercado

Novo comitê técnico apresentará propostas de financiamento de pequenas e médias empresas ao mercado


	Para Leonardo Pereira, o acesso de empresas menores ao mercado está crescendo em outros países, mas não no Brasil
 (NYSE Euronext / Valerie Caviness)

Para Leonardo Pereira, o acesso de empresas menores ao mercado está crescendo em outros países, mas não no Brasil (NYSE Euronext / Valerie Caviness)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 16h26.

Rio de Janeiro - O novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, afirmou nesta sexta-feira em sua cerimônia de posse que vai dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos pelos antecessores, e uma de suas prioridades será somar esforços para incentivar o acesso de empresas menores ao mercado de capitais.

O 18o presidente da CVM disse que não terá que pensar em mudanças de rumos, sendo necessários apenas "ajustes finos", além de estar atento à demanda do mercado, que exige rapidez no entendimento das questões e nas respostas.

"O que me motivou a aceitar esse desafio foi estender essa linha de continuidade, para que ideias e ações continuem a evoluir de forma persistente", disse ele em seu discurso de posse.

Além de ajudar no desenvolvimento do mercado de capitais, Pereira buscará somar os esforços do grupo técnico criado para facilitar o acesso de empresas menores ao mercado.

"Se formos olhar em outros países, menores, maiores, parecidos com o Brasil, este mercado está se expandindo. Venho me perguntando porque isso não está acontecendo no Brasil também", afirmou.


Entidades do mercado de capitais anunciaram na quinta-feira a criação do Comitê Técnico de Oferta Menores, instância que será responsável por apresentar propostas para uso do mercado de capitais para o financiamento de pequenas e médias empresas, da qual a CVM faz parte.

Entre os outros integrantes estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a BM&FBovespa, fundos de investimento e de private equity e instituições financeiras como Banco do Brasil e BTG Pactual.

A expectativa é que as propostas sobre o assunto enviadas para o órgão sejam encaminhadas para o governo até o fim do primeiro trimestre de 2013.

"A CVM está exatamente no momento de ser a alavanca deste desenvolvimento e deste crescimento", disse o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Segundo ele, depois de ter se debruçado, nos últimos 10 anos sobre a regulação dos mercados, o objetivo agora deve ser desenvolvê-lo. "O Leonardo vem exatamente com este espírito", comentou Edemir.


EXPERIÊNCIA

O novo presidente da CVM comentou que seu trabalho em diversas regiões do mundo e com regimes de regulação e maturação diferentes lhe deu experiência para que possa acrescentar um diferancial para seu trabalho na autarquia. "Eu tenho uma experiência do lado do emissor e também do intermediário, porque eu trabalhei em banco", afirmou.

Ele destacou, ainda, a formação atual do colegiado, que possui componentes com experiências diversas. "O colegiado tem um papel muito importante, formado por ideias diferentes e complementares, isso é muito importante." Atualmente, o colegiado é composto pelos diretores Ana Novaes, que como Pereira era executiva do mercado, pelos advogados Luciana Dias e Otávio Yazbek, além do funcionário de carreira da CVM Roberto Tadeu.

Pereira foi indicado ao cargo em julho pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e foi empossado há um mês. Antes de assumir a presidência da autarquia, ele esteve à frente da vice-presidência de Finanças da companhia aérea Gol durante três anos.

O executivo começou sua carreira no Citibank, onde trabalhou de 1982 a 1995. Também teve passagem pela Net e foi diretor de Planejamento Corporativo e de Relações com Investidores da Globopar, holding do grupo de comunicação Globo.

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