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Novatas levam captações externas do país a recorde de US$ 40

As ofertas atraem investidores em busca de maior rendimento ao mesmo tempo em que as taxas caem para níveis sem precedentes


	Uma das estreantes é a Caixa Econômica Federal
 (Lia Lubambo/EXAME)

Uma das estreantes é a Caixa Econômica Federal (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 08h00.

Nova York/São Paulo - Estreantes em captações externas, como Caixa Econômica Federal e Samarco Mineração SA, levaram o total de emissões de dívida coporativa do país para o recorde de US$ 40 bilhões este ano. As ofertas atraem investidores em busca de maior rendimento ao mesmo tempo em que as taxas caem para níveis sem precedentes.

A Caixa emitiu US$ 1,5 bilhão de títulos em duas séries na semana passada enquanto a mineradora Samarco vendeu papéis de 10 anos, o que resultou no total de captações de estreantes neste mês para US$ 3,1 bilhões, mais que o dobro das primeiras emissões na Rússia, Índia e China juntos.

Enquanto bancos centrais cortam juros para estimular suas economias, diretores financeiros de empresas brasileiras aproveitam o interesse dos investidores por ativos de maior rentabilidade para acessar mercados pela primeira vez, refinanciando dívidas e alongando os prazos de vencimento.

Mesmo após a taxa média dos títulos das empresas com grau de investimento ter caído para inéditos 3,68 por cento neste mês, os papéis ainda pagam 1,08 pontos percentuais mais que os títulos de empresas americanas com rating similar, de acordo com o Credit Suisse Group AG e o Bank of America Corp.

“As empresas estão sendo oportunistas”, disse Marco Aurelio de Sá, chefe de trading na unidade de corretagem do Credit Agricole SA, em entrevista por telefone de Miami. “Operações são anunciadas e taxas são revisadas duas ou três vezes antes do fechamento. É um sinal de excesso de demanda.”

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