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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2010 às 18h28.
São Paulo - As novas ações da Petrobras (PETR3); (PETR4) iniciaram o dia em alta na primeira sessão realizada na BM&FBovespa e, depois de oscilarem bastante durante a sessão, se mantiveram no campo positivo. As ações ordinárias, que foram precificadas a 29,65 reais, subiram 2,02% e encerraram negociadas a 30,25 reais. Os papéis preferenciais, que tinham o preço estabelecido em 26,30 reais, fecharam vendidos a 26,50 reais, valorização de 0,76%. O Ibovespa fechou em alta de 0,91%.
Na última sexta-feira (24), as ADRs (American Depositary Receipts) representativas das ações ordinárias abriram a 35,02 dólares e encerraram o dia em 34,92 dólares. Os papéis representativos das ações preferenciais iniciaram o dia negociados a 30,63 dólares e fecharam a sessão a 30,79 dólares. No total, a capitalização levantou 120,3 bilhões de reais, a maior capitalização por ações do mundo.
Os pedidos realizados na oferta de varejo foram atendidos com um rateio de 45,77%. As atenções agora se voltam para a publicação do prospecto definitivo da operação. O documento revelará a nova composição do capital social da empresa. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a participação total do governo na Petrobras saltou de 40% para 48%.
Para a analista Leila Almeida, da Lopes Filho, a Petrobras deverá revisar o atual plano de investimentos para incluir os 5 bilhões de barris da cessão onerosa, cujo contrato com a União prevê um programa exploratório obrigatório. "Outra questão é quanto à classificação de risco pelas agências internacionais após a operação", disse Leila em relatório.
Na semana passada, a Standard and Poor’s confirmou a nota BBB-, com perspectiva estável. "Estimamos que a Petrobras precisará levantar cerca de US$90 bilhões em financiamentos nos próximos cinco anos para realizar o seu atual plano de negócios", escreveram os analistas Paula Martins e Marcelo Schwarz, em relatório. Com isso, a expectativa é de que a empresa tente acessar o mercado de capitais mais frequentemente.
"Será uma coisa constante a Petrobras ir ao mercado acionário e de dívida para se capitalizar", afirma Rogério Freitas, sócio e gestor do fundo da Teórica Investimentos. Segundo ele, este cenário poderá diluir ainda mais os acionistas minoritários. "É como se o minoritário tivesse a espada no pescoço de todo o ano a empresa ir ao mercado e se capitalizar", diz.
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