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Nova York deve abrir sem rumo à espera do teto da dívida

Em dia de muitos balanços de grandes empresas, a expectativa maior é sobre o desenrolar do projeto do Partido Republicano para elevar o teto da dívida


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Down Jones futuro caia 0,13%, o Nasdaq subia 0,15% e o S&P 500 tinha alta de 0,01%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Down Jones futuro caia 0,13%, o Nasdaq subia 0,15% e o S&P 500 tinha alta de 0,01% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 12h29.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem abrir o pregão desta terça-feira sem rumo claro, depois de atingirem na semana passada os níveis mais altos em cinco anos, sinalizam os índices no mercado futuro.

Em dia de muitos balanços de grandes empresas, a expectativa maior é sobre o desenrolar do projeto do Partido Republicano para elevar o teto da dívida, que será discutido em reunião fechada nesta terça-feira.

Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro caia 0,13%, o Nasdaq subia 0,15% e o S&P 500 tinha alta de 0,01%.

Mesmo com um pacote de estímulo anunciado no Japão, com compra de ativos para injetar dinheiro na economia, os investidores de Wall Street continuam monitorando de perto as discussões para elevar o teto da dívida norte-americana.

Na segunda-feira o Partido Republicano apresentou na Câmara dos Representantes um projeto de lei que estende até 19 de maio o prazo para que seja atingindo o limite de endividamento do governo.

Nesta terça-feira, a cúpula do partido vai se reunir, a portas fechadas, para discutir detalhes do projeto, que deve ser votado na quarta-feira.

Cálculos do banco canadense RBC Capital Markets indicam que, se nada for feito, o teto da dívida deve ser alcançado de novo no dia 1º de março, considerando as medidas extraordinárias que o Tesouro norte-americano tomou.

Na prática, o teto foi atingido pela primeira vez no dia 31 de dezembro. "Se nada for feito, as consequências na economia já vão começar a ser sentidas a partir de março", destaca o estrategista-chefe do RBC para os EUA, Michael Cloherty, em um relatório enviado a clientes.

O executivo prevê severos impactos na economia, que pode entrar em recessão, além do rebaixamento do rating soberano dos EUA.


Entre os indicadores, o Federal Reserve de Chicago divulgou antes da abertura do pregão, o índice de atividade nacional referente a dezembro, que ficou em +0,02%, ante +0,27% no mês anterior. Ainda hoje saem os dados das vendas de moradias usadas em dezembro e a expectativa é que os números continuem mostrando a recuperação no setor de construção civil.

No mundo corporativo, o dia está agitado e várias grandes companhias, como Delta AirLines, Dupon, Verizon e Johnson & Johnson, divulgaram seus números nesta manhã, seguidos por teleconferências com investidores que prometem mexer com as ações dessas empresas em Wall Street. Após o fechamento do mercado saem dois balanços esperados, Google e IBM.

A Delta AirLinlines anunciou forte queda no lucro, por causa do aumento dos custos de combustíveis. O ganho despencou de US$ 425 milhões no quarto trimestre de 2011 para US$ 7 milhões no mesmo período de 2012.

No pré-mercado, a ação da empresa subia 0,29%. A Delta prevê alta de 4% a 6% nas receitas em 2013, enquanto analistas do setor aéreo projetavam 2%.

A Dupont, uma das maiores empresas do setor químico dos EUA, também registrou queda acentuada no lucro, que recuou 70% em meio a vendas crescendo pouco. No pré-mercado, o papel subia 1,2%, influenciado pelo anúncio de previsões de lucros e receitas para 2013 na faixa esperada por analistas.

Já a Johnson & Johnson tinha baixa de 0,93% no pré-mercado após anunciar que seu lucro cresceu mais de 11 vezes, saltando de US$ 218 milhões no final de 2011 para US$ 2,6 bilhões no quarto trimestre do ano passado.

A empresa prevê "crescimento sustentável" para 2013, mas os números divulgados ficaram abaixo do esperado por especialistas.

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