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Nova York abrirá sob expectatia de ata do Fed

O documento do banco central americano será divulgado na tarde de hoje


	Painel da Nasdaq na Time Square, Nova York: o Dow Jones futuro perdia 0,19%, o Nasdaq recuava 0,26% e o S&P 500 tinha queda de 0,24%
 (GettyImages)

Painel da Nasdaq na Time Square, Nova York: o Dow Jones futuro perdia 0,19%, o Nasdaq recuava 0,26% e o S&P 500 tinha queda de 0,24% (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 10h55.

Nova York - Na expectativa para a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, as bolsas norte-americanas devem abrir o pregão desta quarta-feira, 21, em baixa, sinalizam os índices futuros. O documento será divulgado na tarde de hoje e, enquanto aguardam, os investidores evitam tomar risco e o volume de negócios é fraco nesta manhã. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,19%, o Nasdaq recuava 0,26% e o S&P 500 tinha queda de 0,24%.

A expectativa é de que o documento responda às dúvidas do mercado sobre a redução de compras de ativos. Se ela deve começar em setembro mesmo, em que montante será e como será a redução em cada tipo de ativo (títulos públicos ou papéis indexados em hipotecas - chamados de MBS pelo mercado), estão entre os principais questionamentos.

Caso a ata dê indícios claros sobre as mudanças nas compras de ativos, a expectativa é que as bolsas caiam forte, embora o mercado já esteja embutido em boa parte dos preços que mudanças devem ocorrer na reunião de setembro, avalia a equipe de economistas do Bank of America Merrill Lynch.

O banco espera que a ata mostre como está o consenso entre os dirigentes do Fed sobre as mudanças nas compras de ativos. E, se for sinalizada a redução em setembro, a ata deve trazer mais detalhes operacionais dessa mudança, avalia o banco. Entre estes detalhes, está o montante inicial da redução e em que ativos deve se concentrar.

Mas o próprio economista do BoFA, Machial Hanson, não acredita que a ata resolverá todos os problemas dos investidores. Como os próprios dirigentes do Fed, inclusive seu presidente, Ben Bernanke, já sinalizaram diversas vezes, o banco central depende de indicadores econômicos para tomar sua decisão. E o mais importante número de agosto para o Fed - o relatório de emprego - só será divulgado pelo Departamento de Trabalho dia 6 de setembro.


Além das pistas sobre a mudança nas compras de ativos, o economista do Danske Bank, Allan von Mehren, ressalta que também se esperam maiores esclarecimentos sobre a preocupação crescente do Fed com a inflação, citada no comunicado da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), e ainda o motivo que levou o banco central a "rebaixar" o nível de crescimento do país, de "modesto" na reunião anterior para "moderado".

Entre os indicadores econômicos, o único do dia são as vendas de moradias usadas, que saem logo após a abertura do mercado, às 11h (pelo horário de Brasília). Mas, com a expectativa pela divulgação da ata do Fomc, o número deve ter impacto reduzido no mercado financeiro. O banco de investimento BMO Capital Markets projeta expansão nas vendas de 0,4% em julho ante o mês anterior, para o nível anualizado de 5,1 milhões de moradias.

No noticiário corporativo, o dia terá o anúncio de 12 balanços, alguns antes da abertura do pregão, outros depois de seu fechamento. Entre as empresas, estão a fabricante de computadores Hewlett-Packard (HP), a rede de varejo Target e a loja de roupas American Eagle. O balanço da HP é o mais aguardado do dia e será divulgado no final da tarde.

Os analistas de tecnologia projetam queda nos resultados, por conta das vendas fracas de computadores pessoais, assim como ocorreu com o balanço da Dell e da Microsoft. No segundo trimestre, o comércio dessas máquinas caiu 11%. Para a HP, a previsão é de lucro de US$ 0,87 por ação em seu terceiro trimestre fiscal, queda de 13% ante o mesmo período do ano passado. No pré-mercado, o papel da HP subia 0,23%.

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