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Noticiário doméstico compensa Wall St e Bovespa sobe

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista teve uma sessão volátil nesta quinta-feira, com o noticiário corporativo doméstico amortecendo o pessimismo global com o aumento dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Repetindo o que fizera na véspera, o Ibovespa foi na contramão de Wall Street, mas desta vez em posições invertidas. O mais importante […]

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2010 às 21h02.

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista teve uma sessão volátil nesta quinta-feira, com o noticiário corporativo doméstico amortecendo o pessimismo global com o aumento dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos.

Repetindo o que fizera na véspera, o Ibovespa foi na contramão de Wall Street, mas desta vez em posições invertidas. O mais importante índice acionário brasileiro arrancou no meio da tarde, para fechar em alta de 0,5 por cento, aos 66.121 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 6,24 bilhões de reais.

"O dia lá fora não foi bom, mas aqui já estava há quatro dias no vermelho. Foi só diminuir um pouco o ritmo negativo que aqui deu um respiro", disse o diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira.

Os mercados internacionais reagiram com frustração à notícia de que os novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA subiram inesperadamente na semana passada, além de sinais das agências Moody's e Fitch de que podem reduzir o rating da Grécia.

Mas o otimismo com notícias de companhias domésticas, como os resultados trimestrais acima das expectativas, compensaram com sobras a pressão externa negativa.

A ação preferencial da Petrobras subiu 1,30 por cento, para 34,38 reais, após a companhia ter anunciado pela manhã novas descobertas de óleo na Bacia de Campos, com volume estimado em 65 milhões de barris.

Gerdau foi um dos destaques positivos do Ibovespa, avançando 4,02 por cento, para 26,12 reais, após a siderúrgica ter reportado lucro líquido de 643 milhões de reais no quarto trimestre, duas vezes maior que o registrado em igual período de 2008 e acima das expectativas de analistas.

"A empresa confirmou o salto no desempenho em relação ao primeiro semestre do ano", considerou o BB Investimentos, em relatório.

Ainda mais à frente, no topo do índice, a ação ordinária da Usiminas deu um salto de 5,81 por cento, valendo 49,73 reais. A empresa reportou lucro líquido de 633 milhões de reais no quarto trimestre, bastante acima da média esperada por analistas consultados pela Reuters, embora abaixo dos 936 milhões de reais dos três últimos meses de 2008.

Mesmo o anúncio feito pelo Banco Central na véspera, de aumento dos depósitos compulsórios dos bancos, que pressionou os negócios no começo do pregão, acabou perdendo força.

"(A medida) indica uma avaliação mais favorável da autoridade monetária em relação à situação de solvência do sistema financeiro e às perspectivas para a evolução do crédito bancário e da atividade econômica", disse o Credit Suisse, em relatório.

Na ponta contrária, Fibria perdeu 3,01 por cento, a 34,80 reais. A maior produtora mundial de celulose, resultante da união de VCP e Aracruz, divulga seu resultado do quarto trimestre na manhã de sexta-feira.

As ações do Banco do Brasil caíram 1,48 por cento, a 30 reais. Embora a instituição tenha postado um lucro líquido recorde de 10,15 bilhões de reais em 2009, analistas não gostaram de ver a rentabilidade do BB perder fôlego no quarto trimestre.
 

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