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No radar: Reação à Petrobras, balanços de Vale e Ambev e o que mais move o mercado

Temporada de balanços esquenta, com a divulgação de alguns dos principais resultados; Vale e Ambev apresentam hoje

 (Sergio Moraes/Reuters)

(Sergio Moraes/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 07h04.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 09h39.

Após um início de semana tenso no mercado internacional, as sinalizações de que o Federal Reserve irá manter suas políticas de estímulos seguem dando fôlego extra às bolsas da Europa na manhã desta quinta-feira, 25. Nos Estados Unidos, os índices futuros operam de forma mista, com o Dow Jones em alta e o Nasdaq e S&P 500 em queda. 

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No Brasil, o Ibovespa chegou ao segundo dia de recuperação na véspera, subindo 0,38% com ajuda do mercado internacional. Na semana, contudo, o índice acumula perda de 2,33%.  Para reverter a queda, o mercado brasileiro deve depender da reação a alguns dos principais resultados da temporada de balanços.

Vale 

Atravessando um bom momento, com o preço do minério de ferro em patamares elevados, a mineradora Vale (VALE3) irá apresentar seu balanço do quarto trimestre após o encerramento do pregão desta quinta. Em relatório de produção e vendas, a empresa informou ter registrado no período recorde de exportação para a China, aumentando em 10,3% o volume de vendas.

Ambev

Outra gigante da bolsa, a Ambev (ABEV3), apresentou balanço nesta manhã, registrando lucro líquido ajustado de 7 bilhões de reais, 51,2% superior ao do quarto trimestre de 2019. O montante representou mais da metade de todo o lucro alcançado no ano, de 12,104 bilhões de reais. O bom resultado no último trimestre, segundo a empresa, se deve à flexibilização do controle do coronavírus e a sua estratégia comercial - especialmente com o crescimento do portfólio de cervejas "premium".  No segmento "core plus", a Brahma Puro Malte liderou o crescimento da companhia. 

Petrobras

Apesar de todo imbróglio vivido pela empresa nos últimos dias, o balanço da Petrobras(PETR3/PETR4), divulgado na última noite, agradou o mercado, ficando muito acima das projeções. No quarto trimestre, a companhia registrou lucro líquido de 59,890 bilhões de reais ante expectativa de 8,15 bilhões de reais de lucro. O resultado foi o último sob o comando do então presidente Roberto Castello Branco. A teleconferência sobre o balanço está prevista para às 10h.

Embora sejam grandes as dúvidas sobre como será o comando do general Joaquim Silva e Luna, ao menos por enquanto a empresa tem dado continuidade aos planos de desinvestimento da gestão anterior, com a venda de 9 campos terrestres por 220,1 milhões de reais. 

Rede D’Or

Dona do maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de 2020, a Rede D’Or (RDOR3) divulgou seu primeiro balanço como empresa de capital aberto. No quarto trimestre, a companhia teve lucro de 302,9 milhões de reais, 7% a mais do que o registrado no mesmo período de 2019. Desde que entrou na bolsa, suas ações já subiram as ações da companhia subiram 25,6%.

Outros balanços

Ainda hoje divulgam seus resultados Localiza (RENT3), Banco Inter (BIDI4/BIDI11), Marcopolo (POMO4), Fleury (FLRY3), BK Brasil (BKBR3) e BRF (BRFS3), que estreia a temporada entre os frigoríficos

Na última noite, divulgaram resultados Sul América (SULA11), AES Tietê (TIET3) e Ultrapar (UGPA3), que registram respectivos lucros de 42,7 milhões de reais, 602,6 milhões de reais e 431,5 milhões de reais. Somente o da Sul América ficou abaixo das estimativas do mercado.

Dados do dia

Previsto para ser divulgado às 10h30 de Brasília, a segunda prévia do PIB americano do quarto trimestre deve sofrer uma revisão de 20 pontos base, segundo estimativas do mercado, passando de alta de 4% para 4,2%. Após esta, uma - terceira e última - revisão ainda deve ser feita.

Nesse mesmo horário será apresentado os dados semanais de pedidos de seguro desemprego dos Estados Unidos. A expectativa é de 838.000 pedidos, levemente abaixo dos 861.000 da última semana.

No Brasil, o principal indicador econômico deve ficar com IGP-M, o índice de preços medido pela FGV. Referente ao mês de fevereiro, o mercado espera uma alta mensal de 2,38%, representando uma leve desaceleração em relação ao do mês anterior, quando ficou em 2,58%.

ABERTURA DE MERCADO

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