Depois de dias de espera, Donald Trump torna lei ainda o novo pacote de estímulos nos EUA e libera recursos para agências federais (MANDEL NGAN/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2020 às 06h00.
A última semana do ano começa com alívio na maior economia do mundo, o que pode ser um novo gatilho para recordes renovados nas bolsas. Depois de dias de espera, o presidente Donald Trump assinou na noite de domingo, 27, o projeto que prevê 892 bilhões de dólares em estímulos para a economia americana e que destina 1,4 trilhão de dólares para a continuidade do funcionamento de agências federais. Sem que isso ocorresse, havia o risco de um shutdown -- uma espécie de apagão operacional -- a partir desta segunda-feira, 28, em diversas agências federais.
Na noite de domingo, os futuros do S&P 500, do Dow Jones e do Ibovespa operavam em alta. No Brasil, o Ibovespa encerrou a sexta-feira aos 117.806 pontos e está a uma alta de 1,5% de quebrar o recorde nominal registrado no início do ano.
Veja a seguir os principais acontecimentos do dia:
A pouco mais de três semanas de deixar o cargo -- a posse de Joe Biden está prevista para 20 de janeiro --, Trump continua a ser o centro das atenções. Apesar de pedidos vindos dos dois partidos, inclusive de republicanos, o presidente demorou para sancionar os projetos que tornam lei tanto o novo pacote de estímulos à economia como que viabilizam o funcionamento de agências federais. Mas, depois de jogar golfe no domingo, assinou os textos à noite.
Atividades como o atendimento de saúde e a distribuição de milhões de doses de vacina estavam ameaçadas por falta de recursos caso Trump não assinasse a lei.
A redução dessa incerteza pode abrir caminho para a renovação de recordes no S&P 500, no Dow Jones e na Nasdaq.
Novos focos da mutação do novo coronavírus foram detectados em diferentes países e continentes nos últimos dias, ampliando os temores sobre um agravamento da pandemia: Austrália, Hong Kong, França, Noruega e Portugal relataram casos suspeitos. Por outro lado, começou no domingo a vacinação em países da União Europeia, como na Itália e na Espanha. O bloco deve vacinar em um primeiro momento 6,25 milhões de pessoas com as doses da Pfizer com a BioNTech.
No Brasil, um dos poucos indicadores que serão divulgados nesta semana será a Sondagem da Indústria da Fundação Getulio Vargas, com dados sobre planos de investimentos e de contratações para o próximo ano. Trata-se de um dos principais dados de expectativas sobre a economia brasileira.
Será divulgado nesta segunda-feira às 8h25 o último boletim Focus de 2020, com as projeções de analistas de mercado para os principais indicadores da economia, como desempenho do PIB, taxa de câmbio e a taxa Selic. Atualmente as medianas de mercado apontam para um crescimento do PIB de 3,46% no próximo ano, com dólar a 5 reais no fim do ano e taxa Selic a 3% ao ano em dezembro.