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No primeiro balanço após fusão, MBRF tem receita trimestral de R$ 42 bi

Lucro da companhia foi de R$ 94 milhões no período, queda anual de 62%. Base de comparação é pro forma

MBRF: gigante de proteínas divulga primeiro balanço após fusão entre BRF e Marfrig (Germano Lüders/Exame)

MBRF: gigante de proteínas divulga primeiro balanço após fusão entre BRF e Marfrig (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 19h57.

A MBRF (MBRF3), resultante da fusão entre Marfrig e BRF, divulgou nesta segunda-feira, 10, seu primeiro balanço como companhia combinada. O lucro líquido foi de R$ 94 milhões no terceiro trimestre de 2025, um queda de 62% em relação ao mesmo período de 2024. A base de comparação é pro forma, já que os negócios operavam em separado no ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 3,503 bilhões, queda anual de 8,6%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda ajustada de 1,6 p.p. (pontos percentuais), para 8,4%.

De acordo com o frigorífico, o resultado operacional foi impactado por bloqueios temporários para as exportações brasileiras de carne de frango, decorrentes da gripe aviária, que impactaram BRF, resultando em uma compressão de 14,9% no Ebitda ajustado.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,412 bilhão no terceiro trimestre de 2025, uma elevação de 5% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2024. 

As Despesas com Vendas, Gerais & Administrativas da MBRF totalizaram R$ 3,529 bilhões no período e respondeu por 8,4% da receita líquida, uma redução de 0,5 ponto percentual na comparação com terceiro trimestre do ano passado. O recuo veio da diluição das despesas e aumento da receita em todos os segmentos.

Números de uma gigante

A receita líquida da gigante de proteínas somou R$ 41,766 bilhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 9,2% na comparação com igual etapa de 2024, com crescimento de receita em todos os segmentos.

Nas operações de Beef América do Norte, os resultados foram impulsionados pela racionalização da produção e crescente demanda pela proteína bovina. A receita líquida foi de US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 12% em relação ao mesmo período em 2024, refletindo o aumento do preço médio de venda.

No Beef América do Sul, a otimização dos complexos industriais contribuiu para o aumento expressivo do volume vendido no trimestre, 17,6% acima do mesmo período do ano anterior. A receita líquida cresceu em 18,4% ano contra ano, atingindo R$ 5,7 bilhões, e o EBITDA de R$ 628 milhões, um aumento de 31,8% em relação ao terceiro trimestre de 2024.

No 3T25, o fluxo de caixa operacional consolidado foi positivo em R$ 3,319 bilhões, os investimentos consolidados realizados no período foram de R$ 1,409 bilhão, e o montante caixa com despesas financeiras consolidadas foi de R$ 1,355 milhões, como resultado, o fluxo de caixa livre recorrente (excluindo compra de ações da BRF) no trimestre foi positivo em R$ 555 milhões.

Dívida e alavancagem

Em 30 de setembro de 2025, a dívida líquida da companhia era de R$ 41,349 bilhões, um crescimento de 10% na comparação com a mesma etapa de 2024.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,09 vezes em setembro/25, alta de 0,35 p.p. em relação ao 2T25.

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