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No mercado futuro, Ibovespa despenca e dólar dispara após Trump anunciar tarifa de 50% para o Brasil

O ETF EWZ, que espelha o Ibovespa nos Estados Unidos, também recuava mais de 1,5% após o anúncio; ADRs de Petrobras, Vale e Embraer aprofundaram perdas do dia

 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 9 de julho de 2025 às 18h50.

Última atualização em 9 de julho de 2025 às 18h50.

O pregão tinha acabado de fechar nesta quarta-feira, 9, de feriado na capital paulista, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, além das taxas já existentes. Mas, no mercado futuro, que ainda operava no chamado after hours, a reação foi imediata: os contratos de Ibovespa futuro, com vencimento em agosto de 2025, o de maior liquidez, já estavam em queda de quase 3%, minutos depois do anúncio.

O índice futuro, por fim, fechou o dia com queda de 2,44%.

Trump publicou, em sua rede social, a Truth Social, a carta endereçada ao presidente Lula com o aviso sobre a taxação.

Em sentido contrário, os contratos de dólar futuro para o mesmo vencimento dispararam e passaram a subir mais de 2%. No fechamento, o futuro do dólar nessa posição, de maior liquidez, ficou em R$ 5,611, com alta de 2,4%.

Hoje, a divisa reagiu às falas de Trump durante uma entrevista coletiva, após encontro com líderes do continente africano. O presidente antecipou que o Brasil "receberia um número" entre hoje e amanhã. Foi o bastante para fazer com que o dólar comercial fechasse em alta de mais de 1%, voltando a casa dos R$ 5,50.

Nos Estados Unidos, o ETF (fundo que replica índice do mercado de ações) EWZ, que espelha o Ibovespa, já havia fechado em queda de 1,9% no pregão regular. No after hours, acentuava perdas, com queda de 1,6% às 18h47 (horário de Brasília).

Um outro indicativo ruim para os negócios de amanhã no mercado acionário brasileiro é o desempenho dos ADRs (ativos de companhias brasileiras negociados no exterior) das empresas de maior peso do Ibovespa. Petrobras caía 1,63% no after hours, depois de recuar 1,9% no pregão regular.

Os ADRs da Vale, que também já tinha perdido 1,3% ao longo do dia, afundavam 2% no pós-fechamento. Mas o papel de companhia brasileiro mais penalizado no after hours de Wall Street era Embraer, que recuava mais de 4%.

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