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Nippon Steel denuncia Ternium à CVM por aluguel de ações

O grupo japonês encaminhou à CVM uma carta em que denuncia a Ternium de tentar criar grupo de acionistas leal a seus interesses antes de importante votação


	Fábrica da Nippon Steel: ernium transferiu 25 milhões de ações ordinárias da Usiminas à custódia da BM&FBovespa
 (Jiji Press/AFP)

Fábrica da Nippon Steel: ernium transferiu 25 milhões de ações ordinárias da Usiminas à custódia da BM&FBovespa (Jiji Press/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2015 às 19h14.

São Paulo - O grupo japonês Nippon Steel & Sumitomo Metal anunciou nesta segunda-feira que encaminhou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma carta em que denuncia o grupo latino-americano Ternium de tentar criar um grupo de acionistas minoritários leal a seus interesses para uma importante votação marcada para o começo de abril.

Segundo a Nippon, a transferência de ações da Usiminas que pertenciam ao fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, para terceiros "burla" obrigação para que a Ternium vote na mesma direção das ações vinculadas ao bloco de controle da Usiminas.

A Ternium transferiu 25 milhões de ações ordinárias da Usiminas à custódia da BM&FBovespa, tornando-as disponíveis para aluguel ou venda antes da assembleia que definirá quem assumirá a gestão da empresa, marcada para 6 de abril.

Representantes da Ternium no Brasil não puderam comentar o assunto de imediato. Mas o comunicado da Usiminas de sexta-feira afirma que até então nenhum acordo de venda ou empréstimo de ações da siderúrgica detidas pela Ternium tinha sido acertado.

Segundo a Nippon, a "manobra" da Ternium retira dos acionistas minoritários "a possibilidade de nomear membros para o Conselho de Administração".

A votação do dia 6 foi convocada por acionistas minoritários da Usiminas, incluindo o fundo L.Par, do empresário brasileiro Lirio Parisotto, e a Tempo Capital, para escolha do presidente e outros membros do Conselho da siderúrgica.

Entre os principais minoritários da Usiminas está a CSN, com cerca de 14,1 por cento das ações ordinárias e 20,69 por cento das preferenciais. A CSN defende que o conflito entre Ternium e Nippon reflete a quebra do acordo de acionistas da Usiminas e que a Ternium tem que fazer uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) aos minoritários ordinaristas da produtora de aços planos.

Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou pedido da CSN para ter representante no Conselho da Usiminas.

Texto atualizado às 19h14

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