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Nikkei registra o pior pregão desde junho de 2013

O índice foi influenciado por dado decepcionante nos EUA e pela piora no sentimento para investimentos


	Homem segurando um guarda-chuva passa por um quadro eletrônico mostrando as cotações do índice Nikkei e de outras bolsas do mundo, em Tóquio no Japão: o índice perdeu 610,66 pontos
 (Issei Kato/Reuters)

Homem segurando um guarda-chuva passa por um quadro eletrônico mostrando as cotações do índice Nikkei e de outras bolsas do mundo, em Tóquio no Japão: o índice perdeu 610,66 pontos (Issei Kato/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 05h09.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou o dia em forte queda, influenciada por dado decepcionante nos EUA e pela piora no sentimento para investimentos.

O índice Nikkei perdeu 610,66 pontos, representando uma queda de 4,2%, para 14.008,47 pontos. Essa foi a maior queda diária desde 13 de junho do ano passado e, com isso, o índice já acumula perdas de 14% no ano.

O volume negociado também foi atípico e atingiu 4 bilhões de ações negociadas. Esse foi o maior movimento para um pregão desde meados de junho do ano passado.

As ações de empresas exportadoras chamaram atenção na ponta negativa, prejudicadas por um dólar mais fraco, que no fim das negociações asiáticas era negociado a 100,92 ienes, de 102,16 ienes no fim do último pregão. Com essa desvalorização, o dólar atingiu o menor nível em dois meses ante o iene.

Prejudicadas pelo câmbio, as ações da Honda Motor, Sharp Corporation e Fujifilm Holdings caíram 6,3%, 8,4% e 8,7%, respectivamente.

Ontem o índice Nikkei já havia entrado oficialmente em correção após perder 2% e acumular queda pelo menos 10% sobre o último pico.

Para o chefe de pesquisa de investimento da Perpetual em Sidney, Matthew Sherwood, a piora no sentimento do investidor parece que não está refletindo apenas os mercados emergentes, mas também as economias avançadas.

Na segunda-feira o índice Dow Jones Industrial Average caiu 2,1% depois de o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) reportar uma forte desaceleração na atividade industrial dos EUA. A leitura do ISM para janeiro recuou para 51,3, no menor nível desde maio e frustrando as projeções de uma leitura de 56.

Os investidores, tentando antecipar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), agora devem se concentrar nos dados de emprego dos EUA que serão divulgados na sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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