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Nextel enfrenta batalha difícil no mercado brasileiro

Investidores da NII Holdings, operadora da Nextel, estão apostando que o Brasil pode ajudar a empresa a sobreviver


	Smartphones da Nextel: base de assinantes da NII no Brasil, onde a companhia ganha metade de seus lucros, encolheu no trimestre passado pela primeira vez
 (Divulgação)

Smartphones da Nextel: base de assinantes da NII no Brasil, onde a companhia ganha metade de seus lucros, encolheu no trimestre passado pela primeira vez (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 11h36.

São Paulo - Investidores da NII Holdings, operadora da Nextel, estão apostando que o Brasil pode ajudar a empresa a sobreviver, à medida em que a concorrência e a tecnologia ultrapassada ameaçam seu modelo de negócios.

Os investidores podem se decepcionar, já que a desaceleração econômica e pressão regulatória acabaram com anos de fácil crescimento no maior mercado sem fio da América Latina, intensificando a rivalidade com outros grupos, fazendo com que a mexicana America Movil e a espanhola Telefónica busquem atrair os clientes corporativos mais caros da NII.

A base de assinantes da NII no Brasil, onde a companhia ganha metade de seus lucros, encolheu no trimestre passado pela primeira vez, enquanto outras operadoras atraem usuários com pacotes de ligações ilimitadas e redes mais rápidas.

Como a NII empreende uma cara transição para tecnologia de terceira geração (3G) até o final do ano, alguns investidores temem que esses esforços possam de fato acelerar a partida de clientes.

"A questão é: Será que, depois de tudo, este lançamento 3G vai tornar a NII competitiva? Quando os investidores encontrarem a resposta, muitos deles vão correr para deixar a empresa", disse a analista Christina Ronac, da empresa de investimentos bancários Gleacher & Co, em Nova York.

As ações e bônus da NII estão em queda de 64 por cento e 13 por cento, respectivamente, por causa dos temores de que a estratégia possa falhar.

A estrada traiçoeira que a empresa tem pela frente também evidencia a mudança de gostos da classe média emergente da América Latina, que tem crescido cada vez mais esclarecida sobre tecnologias de smartphones, inéditas na região há apenas uma década.

O número de assinantes da companhia no Brasil teve queda de 53 mil usuários em setembro, estendendo as perdas para 85 mil clientes no trimestre, enquanto os concorrentes cresciam. Analistas pesquisados pela Thomson Reuters previam uma perda de 40 mil clientes no período.

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